Sábado, 21 de Fevereiro de 2009

MISSÃO DO MESSIAS


MATEUS, Cap. XII, v. 15-21
Missão do Messias. — Seus poderes. — Vias de purificação sempre abertas aos Espíritos culpados, que, como todos os outros, têm que chegar ao fim
V. 15. Sabendo disso, Jesus se retirou daquele lugar; muitos doentes o seguiram e ele a todos curou, — 16, ordenando-lhes que não o descobrissem, — 17, a fim de que se cumprissem estas palavras do profeta Isaías: — 18. "Eis aqui o servo que elegi, o meu bem-amado, em quem muito se compraz minha alma. Sobre ele porei o meu Espírito e ele às nações anunciará a justiça. — 19. Não discutirá, não gritará e ninguém lhe ouvirá a voz nas praças públicas. — 20. Não acabará de partir o caniço já quebrado e não apagará a mecha ainda fumegante, enquanto não alcance a vitória da justiça. — 21. E no seu nome as nações porão todas as esperanças".

Despindo-se da letra o espírito, facilmente compreensíveis se tornam não só as palavras do profeta Isaías aos Hebreus, com referência ao Cristo, mas também a indicação do cumprimento dessa profecia relativamente aos fariseus que conluiavam contra Jesus, estudando os meios de que poderiam lançar mão para perdê-lo, inquirindo uns dos outros como contra ele atentariam, e ainda a proibição feita pelo Mestre aos doentes que o haviam acompanhado e que foram curados.
Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu quando o fez protetor e governador do vosso planeta. Nele se compraz, fazendo-o participar do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia, dando-lhe a investidura de vosso Mestre, encarregando-o de presidir à formação da Terra, de a guiar e conduzir, com tudo o que nela se move e existe, com a humanidade que a habita, pelas vias do progresso físico, moral e intelectual, incumbindo-o de vos levar à perfeição que haveis de atingir.
Deus fez e faz que seu Espírito constantemente sobre ele pouse, comunicando-lhe diretamente a inspiração.
Pelo desempenho da sua missão terrena, Jesus anunciou às nações a justiça, mostrando-lhes a única linha de proceder segura e reta que conduz ao fim colimado. Ainda agora, chegados os tempos da era nova e regeneradora do Espiritismo, ele anuncia a justiça às nações por intermédio dos Espíritos do Senhor, os quais, em seu nome, desenvolvem e explicam, em espírito e em verdade, a boa nova que ele em pessoa pregou aos homens. Esses Espíritos também mostram a todos, novamente, aquela linha de proceder segura e reta, iluminando, em nome do Espírito da Verdade, a estrada do progresso, por onde todas as criaturas, tendo a guiá-las a luz espírita que se irradia do facho da verdade, podem avançar com passo firme, cultivando a ciência, a caridade, o amor: selos da aliança entre a fé e a razão.
Estas palavras do profeta, referentes a Jesus: Ele não discutirá, não gritará e ninguém lhe ouvirá a voz na praça pública, encerravam uma alusão ao hábito que tinham os Hebreus de se reunirem nas praças públicas a fim de deliberarem sobre assuntos graves, procurando cada um abafar com a voz a dos seus adversários, para que sua opinião prevalecesse. Jesus não discutiu desse modo, não gritou. Ninguém lhe ouviu assim a voz nas praças públicas. Ele, como já se vos tem dito, falou com autoridade, mas não da maneira por que falavam os escribas e os fariseus.
O "caniço já quebrado", a "mecha ainda fumegante" significam "os Espíritos culpados", nos quais uma tendência, por muito fraca que seja, há sempre para se melhorarem.
Jesus "não acabará de partir o caniço já quebrado, não apagará a mecha ainda fumegante" como nunca o fez, porque, tendo todos os Espíritos que alcançar a meta, ele a nenhum culpado repele, até que venha a justiça, isto é: até que o Espírito, pela expiação, se despoje dos vícios que o tornam injusto, impuro. Assim como dais a Jesus o qualificativo de justo, na significação de puro, do mesmo modo, aqui, o termo injusto é empregado como sinônimo de impuro.
Não acabará de partir o caniço já quebrado e não apagará a mecha ainda fumegante, enquanto não alcance a vitória da justiça. Estas últimas palavras querem dizer: enquanto os Espíritos que encarnam na Terra não se tenham purificado, seja nesse planeta, ao tempo da sua renovação, seja nos mundos inferiores, para onde serão mandados a expiar suas faltas, durante séculos, os que, naquela época, se conservarem culpados e rebeldes. Sendo certo, porém, que todos os Espíritos hão de chegar ao fim para que foram criados, certo é também que Jesus não acabará de partir o caniço já quebrado, nem apagará a mecha ainda fumegante. Os que, na época da renovação da terra, se conservarem culpados e rebeldes, verão claramente que no endurecimento de suas almas e na sua voluntária cegueira está a causa de serem degredados para mundos inferiores. Neles se manifestará então, sob a ação do terror da expiação, do pesar e do remorso, uma tendência, por mais fraca que seja, para se melhorarem.
E as nações nele porão suas esperanças. Significam estes dizeres que todos compreenderão ser a sua moral a única que pode obrigar os homens a progredir. Todos confiarão na sua influência para atingir a perfeição. A revelação atual abre e inicia esta fase nova.
As palavras do profeta Isaías tinham de cumprir-se com relação aos fariseus que conspiravam contra Jesus, por isso que eles eram "o caniço já quebrado" que o Mestre "não acabaria de partir"; e seriam, depois da morte, "a mecha ainda fumegante" que o Cristo não apagaria, porquanto lhes cumpria, como a todos os Espíritos, purificar-se pela expiação, despojando-se dos vícios que os faziam injustos.
E para que tais palavras se cumprissem mais depressa, Jesus proibiu aos doentes que o acompanhavam e foram por ele curados que o descobrissem. Fazendo-lhes essa proibição, queria o Mestre evitar que aqueles Espíritos culpados, excitando-se ainda mais, mais culpados se tornassem, expondo-se, conseguintemente, a expiações ainda mais duras.
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 14:10

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