Domingo, 26 de Agosto de 2007
REUNIÃO CÓSMICA
"Há mais de um século, brilhante assembléia de Espíritos se reuniu no Espaço, sob a direção do Anjo Ismael. Foi então exposta a missão futura do Brasil na divulgação do Evangelho, que seria iluminado por uma Revelação. Em dado instante, o Mensageiro do Senhor se aproxima de um de seus discípulos e fala-lhe mais ou menos assim: - Descerás às lutas terrestres, com o objetivo de concentrar as nossas energias no País do Cruzeiro, dirigindo-as para o alvo sagrado dos nossos esforços. Arregimentarás todos os elementos dispersos, com as dedicações do teu espírito, a fim de que possamos criar o nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elevados propósitos de reforma e regeneração. - E Ismael, ao finalizar, acrescentou: - Se a luta vai ser grande, considera que não será menor a compreensão do Senhor, que é o caminho, a verdade e a vida. - E o discípulo escolhido, imóvel e reverente diante de Ismael, não pôde articular palavra alguma: a emoção dominava-o inteiramente.
Mas as lágrimas que rolaram copiosamente de seus olhos diziam, com grande eloqüência, que tudo faria para bem cumprir a missão que lhe fora confiada".
"Tempos depois, a 29 de agosto de 1831, esse missionário nascia no Riacho de Sangue, na então Província do Ceará, recebendo o nome de Adolfo Bezerra de Menezes".
PENSAMENTO
"Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de escolher hora, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro; o que, sobretudo, pede um carro a quem não tem o que pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro, esse não é um médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura. Esse é um infeliz, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivéns da vida."
REUNIÃO CÓSMICA
"Há mais de um século, brilhante assembléia de Espíritos se reuniu no Espaço, sob a direção do Anjo Ismael. Foi então exposta a missão futura do Brasil na divulgação do Evangelho, que seria iluminado por uma Revelação. Em dado instante, o Mensageiro do Senhor se aproxima de um de seus discípulos e fala-lhe mais ou menos assim: - Descerás às lutas terrestres, com o objetivo de concentrar as nossas energias no País do Cruzeiro, dirigindo-as para o alvo sagrado dos nossos esforços. Arregimentarás todos os elementos dispersos, com as dedicações do teu espírito, a fim de que possamos criar o nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elevados propósitos de reforma e regeneração. - E Ismael, ao finalizar, acrescentou: - Se a luta vai ser grande, considera que não será menor a compreensão do Senhor, que é o caminho, a verdade e a vida. - E o discípulo escolhido, imóvel e reverente diante de Ismael, não pôde articular palavra alguma: a emoção dominava-o inteiramente.
Mas as lágrimas que rolaram copiosamente de seus olhos diziam, com grande eloqüência, que tudo faria para bem cumprir a missão que lhe fora confiada".
"Tempos depois, a 29 de agosto de 1831, esse missionário nascia no Riacho de Sangue, na então Província do Ceará, recebendo o nome de Adolfo Bezerra de Menezes".
PENSAMENTO
"Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de escolher hora, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro; o que, sobretudo, pede um carro a quem não tem o que pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro, esse não é um médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura. Esse é um infeliz, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivéns da vida."
Bezerra de Menezes
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu em 29 de agosto, no Riacho do Sanque, na então Província do Ceará. Foram seus pais Antônio Bezerra de Menezes e dona Fabiana de Jesus Maria Bezerra. Aos seis anos já sabia ler. Aos sete (1838) passou a freqüentar a escola pública da Vila do Frade e no fim de 10 meses aprontou-se na leitura, em escrita e em contas. Em 1842, por motivos políticos, a família transferiu residência para o Rio Grande do Norte; assim, o garoto foi matriculado na aula pública de latim que havia na Serra dos Martins, na Vila da Maioridade, hoje Cidade da Imperatriz. Em 1846, sua família retornou ao Ceará, fixando residência na capital, quando passou a freqüentar o Liceu, ali, completando os estudos preparatórios, sob a direção de seu irmão mais velho, Dr. Manuel Soares da Silva Bezerra. Decorridos os cinco anos de ginásio, embarcou, em 5 de janeiro de 1851, com destino à Corte, para se matricular na Escola de Medicina. Chegou ao Rio de Janeiro sozinho, aos 20 anos; no bolso, 38$00 e, no espírito, uma esperança enorme. Concluiu o curso aos 25 anos, em 1856. Abriu, com um colega, consultório no centro do comércio, onde esteve espantando moscas por longos meses. Mas, em sua casa, a clínica ia crescendo, pois a clientela era de gente que não pagava. Foi convidado pelo Dr. Manoel Feliciano Pereira de Carvalho para ser médico militar. No posto de cirurgião-tenente, dedicou-se então à cirurgia, em que chegou a ser notável. Não abandonou, entretanto, a sua clientela pobre. Ela foi, ao contrário, crescendo ao ponto de não lhe dar tempo para comer; se não lhe pagava, dava-lhe o mais glorioso dos títulos: "médicos dos pobres". Casou-se por amor. À esposa querida passou então a oferecer o melhor da sua vida. Pensando nela, fazia literatura. Gostava de escrever. Em 1867 foi eleito deputado geral. Casara-se, em segundas núpcias, por amor, com aquela que seria o anjo do lar. Em 1878 voltou a ser deputado e no ano de 1880 foi também presidente da Câmara Municipal, cargo equivalente ao de prefeito, à época. A viuvez levara-o a ler a Bíblia e esta lhe dera particular entusiasmo pela religião comentada. Leu toda a Bíblia e, quando mais lia, mais vontade tinha de continuar fruindo a doce consolação com aquela leitura. Um colega, porém, tendo traduzido O Livro dos Espíritos, fez-lhe presente de um exemplar. Lia, mas não encontrava nada que fosse novo para seu espírito: "Parece que eu era espírita inconsciente ou, como diz vulgarmente, de nascença". Tal como acontecera com Kardec, logo que soou a hora de iniciar o trabalho em prol do Espiritismo abandonou o nosso Bezerra todas as paixões sociais que lhe davam prestígio, honrarias e dinheiro, para ser um apóstoto verdadeiro e dar-se, todo inteiro, à Doutrina, colocando sua vida ao serviço do amor. Tal como Kardec, enfrentou críticas mordazes, torpes insultos, o desprezo de altas personalidades da época, o ridículo; mas sempre calmo, sereno, delicado, respeitoso, porque sua alma, amante dos ensinos de Jesus, sabia muito bem que "o amor verdadeiro e sincero nunca espera recompensa" e que, portanto, "a renúncia era o seu ponto de apoio, como o ato de dar era a essência de sua vida". A data de 16 de agosto de 1886 tornou-se memorável na História do Espiritismo no Brasil, tendo Bezerra proclamado solenemente a sua adesão ao Espiritismo. Bezerra desencarnou em 11 de abril de 1900, no Rio de Janeiro. Foi a caridade personificada. Deu de acordo com as instruções que recebera do Espaço, a feição evangélica ao Espiritismo. Bezerra é, para todos os que mourejam na terra do "Coração do Mundo", a âncora de salvação, quando a borrasca do infortúnio os atinge. Milhões de vozes pedem diariamente o seu socorro... Milhões de corações, a todo instante, agradecem a esse benfeitor as dádivas de seu amor! Bezerra de Menezes vive nos corações de todos os espiritistas do Cruzeiro do Sul. Se no Espiritismo planetário Kardec é, indiscutivelmente, seu maior expoente, para o Espiritismo no Brasil Bezerra é, sem favor algum, o Kardec brasileiro!
Bezerra de Menezes
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu em 29 de agosto, no Riacho do Sanque, na então Província do Ceará. Foram seus pais Antônio Bezerra de Menezes e dona Fabiana de Jesus Maria Bezerra. Aos seis anos já sabia ler. Aos sete (1838) passou a freqüentar a escola pública da Vila do Frade e no fim de 10 meses aprontou-se na leitura, em escrita e em contas. Em 1842, por motivos políticos, a família transferiu residência para o Rio Grande do Norte; assim, o garoto foi matriculado na aula pública de latim que havia na Serra dos Martins, na Vila da Maioridade, hoje Cidade da Imperatriz. Em 1846, sua família retornou ao Ceará, fixando residência na capital, quando passou a freqüentar o Liceu, ali, completando os estudos preparatórios, sob a direção de seu irmão mais velho, Dr. Manuel Soares da Silva Bezerra. Decorridos os cinco anos de ginásio, embarcou, em 5 de janeiro de 1851, com destino à Corte, para se matricular na Escola de Medicina. Chegou ao Rio de Janeiro sozinho, aos 20 anos; no bolso, 38$00 e, no espírito, uma esperança enorme. Concluiu o curso aos 25 anos, em 1856. Abriu, com um colega, consultório no centro do comércio, onde esteve espantando moscas por longos meses. Mas, em sua casa, a clínica ia crescendo, pois a clientela era de gente que não pagava. Foi convidado pelo Dr. Manoel Feliciano Pereira de Carvalho para ser médico militar. No posto de cirurgião-tenente, dedicou-se então à cirurgia, em que chegou a ser notável. Não abandonou, entretanto, a sua clientela pobre. Ela foi, ao contrário, crescendo ao ponto de não lhe dar tempo para comer; se não lhe pagava, dava-lhe o mais glorioso dos títulos: "médicos dos pobres". Casou-se por amor. À esposa querida passou então a oferecer o melhor da sua vida. Pensando nela, fazia literatura. Gostava de escrever. Em 1867 foi eleito deputado geral. Casara-se, em segundas núpcias, por amor, com aquela que seria o anjo do lar. Em 1878 voltou a ser deputado e no ano de 1880 foi também presidente da Câmara Municipal, cargo equivalente ao de prefeito, à época. A viuvez levara-o a ler a Bíblia e esta lhe dera particular entusiasmo pela religião comentada. Leu toda a Bíblia e, quando mais lia, mais vontade tinha de continuar fruindo a doce consolação com aquela leitura. Um colega, porém, tendo traduzido O Livro dos Espíritos, fez-lhe presente de um exemplar. Lia, mas não encontrava nada que fosse novo para seu espírito: "Parece que eu era espírita inconsciente ou, como diz vulgarmente, de nascença". Tal como acontecera com Kardec, logo que soou a hora de iniciar o trabalho em prol do Espiritismo abandonou o nosso Bezerra todas as paixões sociais que lhe davam prestígio, honrarias e dinheiro, para ser um apóstoto verdadeiro e dar-se, todo inteiro, à Doutrina, colocando sua vida ao serviço do amor. Tal como Kardec, enfrentou críticas mordazes, torpes insultos, o desprezo de altas personalidades da época, o ridículo; mas sempre calmo, sereno, delicado, respeitoso, porque sua alma, amante dos ensinos de Jesus, sabia muito bem que "o amor verdadeiro e sincero nunca espera recompensa" e que, portanto, "a renúncia era o seu ponto de apoio, como o ato de dar era a essência de sua vida". A data de 16 de agosto de 1886 tornou-se memorável na História do Espiritismo no Brasil, tendo Bezerra proclamado solenemente a sua adesão ao Espiritismo. Bezerra desencarnou em 11 de abril de 1900, no Rio de Janeiro. Foi a caridade personificada. Deu de acordo com as instruções que recebera do Espaço, a feição evangélica ao Espiritismo. Bezerra é, para todos os que mourejam na terra do "Coração do Mundo", a âncora de salvação, quando a borrasca do infortúnio os atinge. Milhões de vozes pedem diariamente o seu socorro... Milhões de corações, a todo instante, agradecem a esse benfeitor as dádivas de seu amor! Bezerra de Menezes vive nos corações de todos os espiritistas do Cruzeiro do Sul. Se no Espiritismo planetário Kardec é, indiscutivelmente, seu maior expoente, para o Espiritismo no Brasil Bezerra é, sem favor algum, o Kardec brasileiro!
Sábado, 4 de Agosto de 2007
Não esperes o dia de amanhã para inventariar as causas da aflição que a existência te reserva.
Estamos em plena eternidade e a vida, com a justiça por fundamento, diariamente reprova nossos erros ou nos premia as boas ações.
Examina a paisagem de tua luta habitual e não percas a oportunidade do reajuste.
Se ofendeste o companheiro que te partilha as experiências, retifica, ainda hoje, o teu gesto infeliz.
Se deste ouvidos à suspeita delituosa, confia-te à meditação e não te enveredes no cipoal da desconfiança indébita.
Se puseste os teus olhos sobre o mal, auxilia a tua própria retentiva a esquecer as imagens perturbadoras que não deverias procurar nem reter.
Se falaste sem propósito, ferindo ou prejudicando alguém, retrocede e regenera as chagas que o teu verbo impensado terá imposto aos que te consagraram atenção.
Se a ociosidade tem sido a tua companheira, abandona-a ao círculo de sombras em que se compraz e busca o serviço sem delongas, para que a vida não te considere peça inútil em suas divinas engrenagens.
Estabelece causas nobres de alegria e bom ânimo, paz e otimismo, aprendendo, amando e servindo, porque o sofrimento nos surpreende na estrada com tanta duração e com tanta intensidade, conforme tenha sido o nosso esquecimento do dever que o Pai nos designou a cumprir.
Ninguém precisa morrer na carne para encontrar a correção ou a recompensa do Além. A Terra é nosso lar sublime, em plena imensidade, e, dentro dela, a vida nos liberta ou nos agrilhoa, nos reconforta ou nos dilacera, de conformidade com a escolha que traçamos para nós mesmos.
Emmanuel
Não esperes o dia de amanhã para inventariar as causas da aflição que a existência te reserva.
Estamos em plena eternidade e a vida, com a justiça por fundamento, diariamente reprova nossos erros ou nos premia as boas ações.
Examina a paisagem de tua luta habitual e não percas a oportunidade do reajuste.
Se ofendeste o companheiro que te partilha as experiências, retifica, ainda hoje, o teu gesto infeliz.
Se deste ouvidos à suspeita delituosa, confia-te à meditação e não te enveredes no cipoal da desconfiança indébita.
Se puseste os teus olhos sobre o mal, auxilia a tua própria retentiva a esquecer as imagens perturbadoras que não deverias procurar nem reter.
Se falaste sem propósito, ferindo ou prejudicando alguém, retrocede e regenera as chagas que o teu verbo impensado terá imposto aos que te consagraram atenção.
Se a ociosidade tem sido a tua companheira, abandona-a ao círculo de sombras em que se compraz e busca o serviço sem delongas, para que a vida não te considere peça inútil em suas divinas engrenagens.
Estabelece causas nobres de alegria e bom ânimo, paz e otimismo, aprendendo, amando e servindo, porque o sofrimento nos surpreende na estrada com tanta duração e com tanta intensidade, conforme tenha sido o nosso esquecimento do dever que o Pai nos designou a cumprir.
Ninguém precisa morrer na carne para encontrar a correção ou a recompensa do Além. A Terra é nosso lar sublime, em plena imensidade, e, dentro dela, a vida nos liberta ou nos agrilhoa, nos reconforta ou nos dilacera, de conformidade com a escolha que traçamos para nós mesmos.
Emmanuel