Segunda-feira, 30 de Novembro de 2009

OS QUE SEGUEM JESUS


Depois de procurar tantas saídas para os reveses desta vida, e concluir que de todas as encontradas, nenhuma pôde nos proporcionar um momento sequer de felicidade, cremos, desta feita, que a única esperança de paz que resta é aquela que nos oferece a religião. Assim é que, imbuídos dessa crença e em nome da religião a que nos afeiçoamos, pomo-nos à praticar a caridade e não medimos esforços para ajudar nossos irmãos desafortunados.
Com o espírito embevecido de ânimo nesse sentido, lá vamos nós empunhando a bandeira da caridade, ávidos por querer mostrar ao Mundo todo que o melhor caminho é aquele em que assentamos nossas bases e, com muito maior ênfase proclamamo-lo em altos brados quando se trata do Espiritismo, porque, na verdade, ele descortina o futuro e dá amplos poderes ao espírito para caminhar com os seus próprios pés.
Sabemos que muitos são os chamados e poucos os escolhidos e, assim quando buscamos o Espiritismo, na maioria é apenas para resolver nossos problemas e desafogar nossas mágoas internas, que são geradas pelo inconformismo que toma conta de nós, diante das provas e expiações porque estamos passando nesta encarnação, as quais vêm a título de nos fazer evoluir espiritualmente.
Portanto, buscar a Doutrina Espírita com o intuito de que a mesma nos cure as enfermidades materiais é embarcar em canoa furada, pois o que o Espiritismo poderá oferecer é apenas um paliativo para nossas dores materiais, uma vez que sua finalidade é dar o antídoto para combater o veneno dos muitos pecados do espírito. É preciso estudar a Doutrina a fundo, e toda uma encarnação de estudos não bastaria para que conhecêssemos todos os seus princípios, no que diz respeito à ciência, pois ela vai apresentando sempre coisas novas conforme o progresso de seus adeptos. Ela evolui à medida que a Humanidade progride.
Poderá acontecer o que acontecia com aqueles que desejavam seguir Jesus onde quer que Ele fosse, sem contar que os seus desejos estavam cobertos de interesses particulares, pois se assim não fosse Jesus não teria dito que as raposas têm seus covis e as aves do céu ninhos, e o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. (Lucas - cap. IX - 57 a 62). O que vem demonstrar também que para seguir o Espiritismo é necessário muito amor, renúncia e boa vontade, pois essa maravilhosa Doutrina segue o Mestre em Espírito e Verdade.
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 13:51

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Domingo, 29 de Novembro de 2009

AFLIÇÃO VAZIA


Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.
Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.
No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.
Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranqüila.
Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária...
Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a idéia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.
Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia.
Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho. E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Encontro marcado.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 20:35

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Quarta-feira, 25 de Novembro de 2009

OS DEGREDADOS


Todos os espíritos edificados nas lições sublimes do Senhor se reuniram, logo após o descobrimento da nova terra, celebrando o acontecimento nos espaços do Infinito. Grandes multidões donairosas e aéreas formavam imensos hífens de luz, entre a terra e o céu. Uma torrente impetuosa de perfumes se elevava da paisagem verde e florida, em busca de firmamento, de onde voltava à superfície do solo, saturada de energias divinas. Nos ninhos quentes das árvores, pousavam as vibrações renovadoras das esperanças santificantes, e, no Além, ouviam-se as melodias evocadoras da Galiléia, ubertosa e agreste antes das lutas arrasadoras das Cruzadas, que lhe talaram todos os campos, transformando-a num montão de ruínas. Afigurava-se que a região dos pescadores humildes, que conheceu, bastante assinalados, os passos do Divino Mestre, se havia transplantado igualmente para o continente novo, dilatada em seus suaves contornos.
Uma alegria paradisíaca reinava em todas as almas que comemoravam o advento da Pátria do Evangelho, quando se fez presente, na assembléia augusta, a figura misericordiosa do Cordeiro.
Complacente sorriso lhe bailava nos lábios angélicos e suas mãos liriais empunhavam largo estandarte branco, como se um fragmento de sua alma radiosa estivesse ali dentro, transubstanciando naquela bandeira de luz, que era o mais encantador dos símbolos de perdão e de concórdia.
Dirigindo-se um dos seus elevados mensageiros na face do orbe terrestre, em meio do divino silêncio da multidão espiritual, sua voz ressoou com doçura:
- Ismael, manda o meu coração que doravante sejas o zelador dos patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro. Recebe-a nos teus braços de trabalhador devotado da minha seara, como a recebi no coração, obedecendo a sagradas inspirações do Nosso Pai. Reúne as incansáveis falanges do Infinito, que cooperam nos ideais sacrossantos de minha doutrina, e inicia, desde já, a construção da pátria do meu ensinamento. Para aí transplantei a árvore da minha misericórdia e espero que a cultives com a tua abnegação e com o teu sublimado heroísmo. Ela será a doce paisagem dilatada do Tiberíades, que os homens aniquilaram na sua voracidade de carnificina. Guarda este símbolo da paz e inscreve na sua imaculada pureza o lema da tua coragem e do teu propósito de bem servir à causa de Deus e, sobretudo, lembra-te sempre de que estarei contigo no cumprimento dos teus deveres, com os quais abrirás para a humanidade dos séculos futuros um caminho novo, mediante a sagrada revivescência do Cristianismo.
Ismael recebe o lábaro bendito das mãos compassivas do Senhor, banhado em lágrimas de reconhecimento, e, como se entrara em ação o impulso secreto da sua vontade, eis que a nívea bandeira tem agora uma insígnia. Na sua branca sustância, uma tinta celeste inscrevera o lema imortal: “Deus, Cristo e Caridade”. Todas as almas ali reunidas entoam um hosana melodioso e intraduzível à sabedoria do Senhor do Universo. São vibrações gloriosas da espiritualidade, que se elevam pelos espaços ilimitados, louvando o Artista Inimitável e o Matemático Supremo de todos os sóis e de todos os mundos.
O emissário de Jesus desce então à Terra, onde estabelecerá a sua oficina. Os exércitos dos seres redimidos e luminosos lhe seguem a esplêndida trajetória e, como se o chão do Brasil fosse a superfície de um novo Hélicon da imortalidade, a natureza, macia e cariciosa, toda se enfeita de luzes e sombras, de sinfonias e de ramagens odoríferas, preparando-se para um banquete de deuses.
Os caminhos agrestes tornam-se sendas de maravilhosa beleza, rasgadas pelas coortes do invisível.
Nessa hora, a frota de Cabral foge das águas verdes e fartas da Baía de Porto Seguro.
Entretanto, nas fitas extensas da praia choram, desesperadamente, os dois degredados, dos vinte parias sociais que o Rei D. Manuel I destinara ao exílio.
Os homens do mar se distanciam daqueles sítios, levando amostras da sua extraordinária riqueza. Em toda paisagem há um largo ponto de interrogação, enquanto os dois infelizes se lastimam sem consolo e sem esperança. Os silvícolas amáveis e fraternos lhes abrem os braços; é dos seus corações rudes e simples que desabrocham, para a amargura deles, as flores amigas de um brando conforto.
Mas, Afonso Ribeiro, um dos condenados ao penoso desterro, avança numa piroga desprotegida e desmantelada, sem que os olhos da História lhe anotassem o gesto de profunda desesperação, a caminho do mar alto. Ao longe, percebem-se ainda os derradeios mastros das caravelas itinerantes. O infeliz degredado anseia por morrer. Os últimos gemidos abafados lhe saem da garganta exausta. Seus olhos, inchados de pranto, contemplam as duas imensidades, a do oceano e a do céu, e, esperando a morte o socorro bondoso, exclama, do íntimo do coração:
- Jesus, tende piedade da minha infinita amargura! Enviai a morte ao meu espírito desterrado. Sou inocente, Senhor, e padeço a tirania da injustiça dos homens. Mas, se a traição e a covardia me arrebataram da pátria, afastando dos meus olhos as paisagens queridas e os afetos mais santos do coração, essas mesmas calúnias não me separaram da vossa misericórdia!
Nesse instante, porém, o pobre exilado sente que uma alvorada de luz estranha lhe nasce no âmago da alma atribulada. Uma esperança nova se apossa de todas as suas fibras emotivas e, como por delicado milagre, a sua jangada rústica regressa, celeremente, à praia distante. Em vão as ondas sinistras e poderosas tentam arrebatá-lo para o oceano largo. Uma força misteriosa o conduz a terra firme, onde o seu coração encontrará uma família nova.
Ismael havia realizado o seu primeiro feito nas Terras de Vera Cruz. Trazendo um náufrago e inocente para a base da sociedade fraterna do porvir, ele obedecia a sagradas determinações do Divino Mestre. Primeiramente, surgiram os índios, que eram os simples de coração: em segundo lugar, chegavam os sedentos da justiça divina e, mais tarde, viriam os escravos, como a expressão dos humildes e dos aflitos, para a formação da alma coletiva de um povo bem-aventurado por sua mansidão e fraternidade. Naqueles dias longínquos de 1500, já se ouviam no Brasil os ecos acariciadores do Sermão da Montanha.

Livro: “Brasil, Coração do Mundo – Pátria do Evangelho”.
Espírito: Humberto de Campos. Psicografia: Francisco Candido Xavier.


PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 18:17

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Domingo, 22 de Novembro de 2009

SINTOMAS DA REENCARNAÇÃO

EM LEMBRANÇA AOS 46 ANOS DE DESENCARNE DO PRESIDENTE KENNEDY

Após o infausto acontecimento do assassínio do Presidente Kennedy, o “Reformador”, periódico da Federação Espírita Brasileira, publicou certo artigo que dizia da possibilidade de ter sido o então presidente dos Estados Unidos, Sr. Kennedy, na vida pretérita, o assassino de Abraão Lincoln, o tão decantado Wilkes Booth, célebre figura dos meios teatrais estadunidenses, cujo homicídio processou-se quando Lincoln assistia num teatro a representação desse mesmo Wilkes Booth.

Com os sentidos voltados para essa conjectura de que Kennedy teria sido, no passado, o ator Booth, é que nos dispomos publicar a presente série de “coincidências” que pontificaram as vidas de Kennedy, Oswald, Lincoln e Wilkes. Vejam só:
1) Os Presidentes Kennedy e Lincoln estavam ligados à questão da proclamação de direitos cívicos de brancos e negros.
2) Lincoln foi eleito em 1860. Kennedy em 1960.
3) Ambos foram assassinados numa sexta-feira e à presença de suas esposas.
4) Ambos foram assassinados pelas costas e com ferimentos mortais na cabeça.
5) Seus sucessores, ambos chamados Johnson, eram democratas do Sul e senadores.
6) Andrew Johnson nasceu em 1808. Lindon Johnson nasceu em 1908.
7) John Wilkes Booth, matador de Lincoln, nasceu em 1839, Lee Oswald matador de Kennedy nasceu em 1939.
8) Booth e Oswald eram sulistas e favoráveis à idéias anti-populares.
9) Booth e Oswald foram assassinados antes do julgamento.
10) Ambas as esposas dos Presidentes perderam filhos que gestavam, por morte na Casa Branca.
11) O Secretário de Lincoln, cujo nome era Kennedy, aconselhou-o a não ir ao teatro, onde seria assassinado.
12) O Secretário de Kennedy, cujo nome era Lincoln, aconselhou-o a não ir a Dallas, onde seria assassinado
13) John Wilkes Booth matou Lincoln num teatro e fugiu para um armazém.
14) Lee Oswald matou Kennedy de um armazém e fugiu para um teatro.
15) Os nomes Lincoln e Kennedy contêm sete letras cada qual.
16) Os nomes Andrew Johnson e Lindon Johnson contêm treze letras cada qual.
17) Os nomes John Wilkes Booth e Lee Harvey Oswald contém quinze letras cada qual.
Será que esses pequeninos sinais foram propositalmente assinalados nas pessoas de Kennedy, Lincoln, Oswald e Wilkes, a fim de sugerir interação cármica pela Lei de Causa e Efeito?
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 17:30

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FILHOS COM DEFICIÊNCIA

A expectativa que toma conta do período de gestação da mulher é tão especial e admissível que se justifica a frustração ou a amargura que envolve tantos corações, quando constatam que seus rebentos, ansiosamente aguardados, são portadores de deficiência física ou mental ou a conjugação de ambas.
Compreensíveis a dor e a surpresa que se alojam nas consciências e nas almas paternas, ao começarem a pensar nas limitações e conflitos, agonias e enfermidades que acompanharão os seus filhos, marcados, irremediavelmente, para toda uma existência de dependências e limitações.
Quantos são os pais que, colhidos no amor próprio, fogem da responsabilidade de cooperar com os filhos debilitados?
Quantas são as mães que, transformadas em estátuas de dor ou de revolta, abandonam os filhos à própria sorte, relegando-os aos ventos do destino?
Entretanto, levanta-se um enorme contingente de pais e de mães que, ao identificarem os dramas em que se acham seus filhos inseridos, enchem-se de ternura, de dedicação, vendo nos rebentos, achacados no corpo ou na mente, oportunidades de crescimento e enobrecida luta em prol do futuro feliz para todos.
*
Seu filho com deficiência, não o descreia, é alguém que retorna aos caminhos humanos, após infelizes rotas de desrespeito à ordem geral da vida.
Seus filhos lesados por carências corporais ou psíquicas estão em processo de ressarcimento, havendo deixado para trás, nas avenidas largas do livre-arbítrio, as marcas do uso da exorbitância, da insubmissão ou da crueldade.
Costumeiramente, os indivíduos que se valeram do brilho intelectual ou da sagacidade mental para induzir ao erro, para destruir vidas no mundo, para infelicitar, intrigando e maldizendo, reencarnam com os centros cerebrais lesados, em virtude de se haverem atormentado com suas práticas inferiores, provocando processos de desarranjo nas energias da alma, localizadas na zona da estrutura cerebral.
Não só intelectuais degenerados renascem com limitações psico-cerebrais, tangidos pela Síndrome de Down, mas, também, os que resolveram mergulhar nas valas suicidas, destroçando o cérebro e os seus núcleos importantes, mantendo-se com os fulcros de energias perispirituais sob graves distúrbios que deverão ser recompostos por meio da reencarnação.
Indivíduos que, no passado, se atiraram à insana destruição corporal, arremessando-se de altitudes, ou sob pesados veículos, ou deixando-se afogar no bojo de massa líquida, podem retornar agora na posição de filhos da sua carne, marcados por hemi, para ou tetraplegias, por cegueira, mudez, surdez ou outras dramáticas situações que estão situadas no território das teratologias.
O despotismo implacável pode gerar neuroses ou epilepsias; o domínio cruel de massas indefesas e desprotegidas pode produzir os mesmos efeitos.
Os homicídios cruéis podem acarretar infortunados quadros epilépticos, produzindo sobre a rede psico-nervosa adulterações nas energias circulantes, provocando panes de freqüência variada, de caráter simples ou crônico.
Seus filhos com deficiências podem estar em alguma dessas condições, necessitados da sua compreensão e assistência, para que sejam capazes de superar as próprias deficiências, colocando-se aparelhados de resignação e esforço íntimo para que suplantem-se a si mesmos, rumando para Deus, após atendidos os projetos redentores da Divindade.
Ame seus rebentos problematizados do corpo ou da mente, ou de ambos, cooperando com eles, com muita paciência e com o preito da ternura, para que possam sair vitoriosos da expiação terrena, avançando para mais altos vôos no rumo do nosso Criador.
Forre-se de carinho, de paciência, de tranqüilidade interior, vendo nesses filhos doentes as jóias abençoadas que o Pai confia às suas mãos para que as burile.
Por outro lado, vale considerar que se você os tem nos braços ou sob a sua assistência e seus cuidados, paternais ou maternais, é em razão dos seus envolvimentos e compromissos com eles.
Você poderá tê-los recebido por renúncia e elevado amor de sua parte, mas, pode ser que você esteja diretamente ligado às causas que determinaram os dramas dos seus filhos, cabendo-lhe não alimentar remorsos descabidos, mas, sim, auxiliá-los e impulsioná-los para a própria recomposição, enquanto você, igualmente, avança para o Criador, sofrendo por seu turno o ter que vê-los resgatar, sem outra opção que não seja abraçá-los e se colocarem, você e eles, sob a luz do amor de Deus, resignadamente.

(Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira, inserta no livro "Nossas Riquezas Maiores")
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 17:16

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Sexta-feira, 20 de Novembro de 2009

MORTE

Reflexão inadiável

MORTE

Sendo a mente o espelho da vida, entenderemos sem dificuldade que, na morte, lhe prevalecem na face as imagens mais profundamente ínsculpidas por nosso desejo, àcusta da reflexão reiterada, de modo intenso. Guardando o pensamento — plasma fluídico — a precisa faculdade de substancializar suas próprias criações, imprimindo-lhes vitalidade e movimento temporários, a maioria das criaturas terrestres, na transição do sepulcro, é naturalmente obcecada pelos quadros da própria imaginação, aprisionada a fenômenos alucinatórios, qual acontece no sono comum, dentro do qual, na maioria das circunstâncias, a individualidade reencarnada, em vez de retirar-se do aparelho físico, descansa em conexão com ele mesmo, sofrendo os reflexos das sensações primárias a que ainda se ajusta.
Todos os círculos da existência, para se adaptarem aos processos da educação, necessitam do
hábito, porque todas as conquistas do espírito se efetuam na base de lições recapituladas.
As classes são vastos setores de trabalho específico, plasmando, por intermédio de longa
repercussão, os objetivos que lhes são peculiares naqueles que as compõem.
É assim que o jovem destinado a essa ou àquela carreira é submetido, nos bancos escolares,
a determinadas disciplinas, incluindo a experiência anterior dos orientadores que lhe
precederam os passos na senda profissional escolhida.
O futuro militar aprenderá, desde cedo, a manejar os instrumentos de guerra, cultuando as
instruções dos grandes chefes de estratégia, e o médico porvindouro deverá repetir, por anos sucessivos, os ensinos e experimentos dos especialistas, antes do juramento
hipocrático.
Em todas as escolas de formação, vemos professores ajustando a infância, a mocidade e a
madureza aos princípios consagrados, nesse ou naquele ramo de estudo, fixando-lhes personalidade particular para determinados fins, sobre o alicerce da reflexão mental
sistemática, em forma de lições persistentes e progressivas.
Um diploma universitário é, no fundo, o pergaminho confirmativo do tempo de recapitulações
indispensáveis ao domínio do aprendiz em certo campo de conhecimento para efeito de serviço
nas linhas da coletividade.
Segundo o mesmo principio, a morte nos confere a certidão das experiências repetidas a que
nos adaptamos, de vez que cada espírito, mais ou menos, se transforma naquilo que imagina.

É deste modo que ela, a morte, extrai a soma de nosso conteúdo mental, compelindo-nos a viver, transitoriamente, dentro dele. Se esse conteúdo é o bem, teremos a nossa parcela de céu, correspondente ao melhor da construção que efetuamos em nós, e se esse conteúdo é o mal estaremos necessariamente detidos na parcela de inferno que corresponda aos males de nossa autoria, até que se extinga o inferno de purgação merecida, criado por nós mesmos na intimidade da consciência.
Tudo o que foge à lei do amor e do progresso, sem a renovação e a sublimação por bases,
gera o enquistamento mental, que nada mais é que a produção de nossos reflexos pessoais acumulados e sem valor na circulação do bem comum, consubstanciando as idéias fixas em que passamos a respirar depois do túmulo, à feição de loucos autênticos, por nos situarmos
distantes da realidade fundamental.
É por esta razão que morrer significa penetrar mais profundamente no mundo de nós mesmos,
consumindo longo tempo em despir a túnica de nossos reflexos menos felizes, metamorfoseados em região alucinatória decorrente do nosso monoideísmo na sombra, ou transferindo-nos simplesmente de plano, melhorando o clima de nossos reflexos ajustados ao bem, avançando em degraus conseqüentes para novos horizontes de ascensão e de luz.

EMMANUEL
(Pensamento e Vida, 29, FCXavier)





 

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PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 16:57

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BENFEITORA


Floresce, espontânea, em toda parte, independendo dos fatores que lhe propiciam o desabrochar.
Inesperadamente aparece nos solos áridos, nos quais os sentimentos não medram.
Nas terras encharcadas da emotividade abundante, também surge sem qualquer programação...
Sua presença é percebida, logo de início, convidando à atenção que nela se fixa, a partir desse momento.
Detestada, não teme reações, tornando o seu apelo mais forte.
Aceita, diminui a agudeza dos seus efeitos, suavizando-os.
Estudada por teóricos e práticos, todos se lhe referem de maneira variada, sem chegarem a uma conclusão unânime.
A verdade, porém, é que se faz conhecida sempre, e ninguém pode impedir-lhe a presença.
Depois que encerra um ciclo, prepara, para um novo cometimento, a sua oportuna aparição.
Nenhum recurso a impede, porque, por enquanto, ela é a única maneira de conduzir o homem na conquista dos altos Cimos da Vida, desde que o amor não logre fazê-lo.
Essa flor abençoada, que surge nos terrenos de todas as vidas, é a dor.
Este homem padece de injunções sócio-econômicas e tem a alma em desalinho.
Aquele experimenta a abundância de valores amoedados e sofre a solidão afetiva que o dinheiro não pode comprar.
Esse, arde nas brasas do desejo, insatisfeito, e, lasso, entrega-se ao frenesi da promiscuidade.
Estoutro, esgrime o ódio e sofre-lhe a rebeldia dilacerante nos tecidos íntimos do ser.
Aqueloutro caminha chancelado pelas etiquetas das patologias cruéis.
Uns definham nas garras afiadas de enfermidades irreversíveis.
Outros derrapam em alucinações inimagináveis...
Todos, porem, sofrendo a constrição das dores de variada expressão, amargurando, lapidando, despertando para novos valores da vida, que permanecem desprezados.
A dor é benfeitora anônima, que a todos visita.
Cessados os seus efeitos perturbadores, quantas conquistas morais e espirituais!
Os prepotentes, que a desconsideram, não chegam ao termo da jornada, sem experimentar-lhe a companhia.
Os ingratos, que se supõem felizes, não lhe fogem à presença.
Os orgulhosos, que a desprezam, considerando-se inatingíveis, encontram-na adiante...
Ela verga toda cerviz e submete, sem exceção, todas criaturas.
O seu cerco é invencível e ela sai-se sempre vencedora.
É instrumento da Lei, que o próprio homem vitaliza e necessita.
Tu, que conheces Jesus, recebe essa benfeitora, sem rebeldia.
Não se trata de masoquismo, mas, sim, da inevitabilidade de sofrer, transformando esse estado em formosa aquisição de bênçãos.
Hás os testemunhos à fé e os resgates que procedem do passado.
Seja qual for o motivo, transforma-o em oportunidade iluminativa, porque estás, na Terra, para crescer e evoluir, adquirindo experiências de profundidade.
A dor, que a muitos amesquinha, envilece e atordoa, deve constituir-te estímulo para a grande vitória sobre ti mesmo.
Não te preocupes com mais nada, e, sob o seu jugo, confiante, avança com a dor até conseguires o teu momento de plena libertação.

Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo P. Franco – Momentos de Felicidade
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 14:46

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Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009

REENCARNAÇÃO E GENÉTICA


Como o acaso não existe, no vocabulário espírita, tudo na reencarnação, acontece sob a égide de Deus (fig.1-gráfico anexo), o Senhor da Vida. Sendo esta programada, os Espíritos Superiores atuariam como construtores ou geneticistas, no fluxo da vida (Fig.1, em azul), selecionando o óvulo e o espermatozóide, na formação do ovo, que em última análise, originará aproximadamente os 70 trilhões de células do corpo físico; sempre que possível, o Espírito reencarnante colabora em ação conjunta nessa iniciativa. "Se temos um piloto de fórmula 1, é preciso um carro de fórmula 1"; se a determinação era para pianista ou cirurgião, o corpo físico não deverá apresentar defeito genético nas mãos, por exemplo, e que poderia acontecer se a fecundação fosse aleatória. De "Missionários da Luz" (1), extraímos;
"(...) passou a examinar os mapas cromossômicos, com a assistência dos construtores presentes. (...) examinando a geografia dos genes nas estruturas cromossômicas a fim de certificar-me até que ponto poderemos colaborar (...), com recursos magnéticos para organização das propriedades hereditárias.(...)" Prossegue o orientador: " - Mentalize os primórdios da condição fetal, formando em sua mente o modelo adequado."
Solicitada a natureza das provas pelo reencarnante, ou estabelecidas as expiações, os Espíritos Superiores a tudo estão atentos, na execução do projeto de recorporificação. Até mesmo nas reencarnações compulsórias, o Espírito reencarnante, mesmo não colaborando no processo, tem conhecimento do programa estabelecido, por mais relutante que esteja, porque "ninguém penetra num educandário, para estágio mais ou menos longo, sem finalidade específica e sem conhecimento dos estatutos a que deve obedecer." , ainda em "Missionários da Luz" (1). "O grau de comando dos Espíritos Superiores, neste processo reencarnatório, é inversamente proporcional ao estágio evolutivo do Espírito."(1)
Ficará este conhecimento, como outros, de posse do Espírito e arquivado no seu perispírito por ocasião da reencarnação, a ser utilizado como intuição.
Estabelecem-se fortíssimos compromissos, talvez os maiores que pos-sam assumir os Espíritos, entre os pais e o Espírito reencarnante e vice-versa, cujo cumprimento é fundamental para que se concretize a reencarnação, revigorando-se assim laços preexistentes, estabelecendo-se novos ou reparando-se outros. A quebra deste protocolo, terá repercussões importantíssimas sobre os compromissados Espíritos envolvidos no processo. Colaboram ainda, os Espíritos simpáticos e às vezes procuram interferir negativamente os Espíritos inferiores, de acordo com a possibilidade das sintonias, na reencarnação que se apresenta redentora para o seu desafeto.
Na realidade nós somos o que fomos, encontrando-se gravados no nosso perispírito, todas as vivências e experiências pregressas, a se transmitir através do modelo organizador biológico, ao novo corpo físico, não como uma fatalidade, mas como um ponto de partida, podendo ser modificada, na decorrência do que realizarmos de positivo ou negativo, na edificação da nossa proposta reencarnatória.
"(...) Essa Energética Espiritual, resultado de vivências e experiências incontáveis, com suas emissões vibratórias, apresentam zonas intermediárias (perispirituais) até desembocarem nos genes...por onde as sugestões, informações, diretrizes, enfim todo o quadro de nossa herança espiritual tivesse possibilidade de expressões nas regiões cromossômicas da herança física." (2)
Nos genes, estão as moléculas de DNA, situando-se particularmente no núcleo das células(99,5%) e no citoplasma (DNA mitocondrial-0,5 %), que comandam a síntese das proteínas e a atividade celular, sem as quais não haveria vida, e que são mais importantes componentes plásticos do que energéticos, do corpo físico.
No DNA está implantado o nosso "relógio biológico"(8), gatilho de todas as doenças genéticas (natureza, tempo de surgimento, duração, gravidade, periodicidade), além dos caracteres e deficiências físicas.
Acrescenta Hermínio Miranda, (3):
"O Dr. Jorge Andréa chega a admitir que o espírito possa estar presente e influir na seleção do espermatozóide que vai disparar o mecanismo de fecundação e conseqüente gestação. Naturalmente que para isso é necessário que o espírito tenha condições evolutivas e de conhecimentos bastante satisfatórias, pois há renascimentos regidos por leis emergenciais, em cujo processo pouco participa conscientemente o reencarnante. É certo, porém que a presença do espírito ou, pelo menos, sua imantação ao feto é vital ao desenrolar o processo, dado que é seu perispírito que traz as matrizes cármicas que entram como componente decisivo na formação do corpo físico, interagindo com mecanismos puramente genéticos."
Não seríamos coerentes, se admitíssemos que só as células sexuais masculinas fossem selecionáveis, entre os 200 000 000 à 500 000 000 de espermatozóides (por ejaculação), que se propõem a fecundar o óvulo. Entrementes, ao completarem a sua formação os ovários contém de 300 000 à 400 000 folículos, cada um deles contendo um ovócito primário, e durante a vida da mulher, apenas cerca de 300 deles consegue atingir a maturação(4), sendo que os outros vão sofrer involução e regredir, sem progredir para óvulo. Portanto aqueles ovócitos são selecionáveis, no processo de maturação para a ovulação. Aceita a proposição de que os espermatozóides são escolhidos, não há porque negar que os óvulos também o são. Existiria pois um óvulo selecionado que chega, para um espermatozóide também pinçado pela espiritualidade, que irá alcança-lo. Não fora assim e haveria uma seleção para o espermatozóide e um acaso, para o óvulo. Desta maneira se dá a fecundação, formando-se o ovo ou zigoto, e o início da vida física e da ligação espiritual, quando existe um Espírito designado, e já pois fixado por seu cordão fluídico, caminhando o ovo e, o Espírito com seu sonho reencarnatório "dolorosamente conquistado e insistentemente solicitado" (5), em busca da nidificação no útero materno, preparado "carinhosamente" para recebe-lo na sua majestade, intensificndo-se os laços perispiríticos com o corpo físico, (6) quase completamente ao nascimento e finalizando-se até aos sete anos de idade, aproximadamente. "A união começa na concepção, mas só se completa por ocasião do nascimento."(7). "A diferença é sutil, mas interessante de considerar: ele não está encarnado, mas ligado, da concepção ao nascimento." ( 8)
Concomitantemente, os movimentos vibratórios do perispírito vão diminuindo e restringindo ocasionando a obnubilação da memória e "um véu cada vez mais espesso envolve a alma e apaga-lhe as radiações interiores." (6).
Esta maravilhosa construção encarnatória, realizada pelos Espíritos Superiores, é uma concessão da bondade, da misericórdia e da justiça divina, "demonstrando que a vida é uma realidade, antes da nossa organização biológica." (9)
Albert Einstein, ao analisar que a fecundação e o desenvolvimento do ovo, violavam todas as regras da Termodinâmica, assim se pronunciou: "Posso afirmar que o Universo não explica o Universo e a matéria não se explica a si mesma. Fora do Universo e independente dele, existe um poder pensante e atuante, que é responsável pela aglutinação das moléculas, no campo da energia material." , e conclui:
"A ciência sem religião é capenga e a religião sem ciência é cega." (9)
O Espiritismo nos mostra a grandeza desse elo entre a genética e a reencarnação, entre a Ciência e a Religião.

Bibliografia
(1) XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito André Luiz. Missionários da Luz .FEB 28ª edição; pg 187 `a 189 e 208.
(2) KÜHL, Eurípides. Genética e Espiritismo, FEB 1 ª edição, 1996; pg 40.
(3) MIRANDA, Hermínio P. Nossos filhos são Espíritos, Publ. Lachâtre, 1995. pg. 47.
(4) SOARES, José Luis. Biologia. Ed. Scipione, 1997. Pg 195.
(5) GANDRES, Doris Madeira. Tesouro maior, Revista Internacional do Espiritismo, Jan. 1999, pg 219.
(6) DÊNIS, Leon, O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Ed. FEB, 1936, 4ª ed., pg 193.
(7) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, Ed. FEB, 1987: perg.199, 344 358 e 359.
(8) ROCHA, Alberto de Souza. Além da matéria densa. Ed. Correio Fraterno, 1997, pg. 153. Reencarnação em foco. Casa Ed. "O Clarim", 1991, pg.104.
(9) FRANCO, Divaldo Ferreira. Encontro com médicos. S. José do Rio Preto, S.Paulo. 1992. Studio Alvorada.


Revista Internacional de Espiritismo - Março/2000
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 17:09

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MISSÃO DO HOMEM INTELIGENTE NA TERRA

Há dias alguém me dizia que o José Saramago era uma pessoa muito inteligente, o que me recordou uma mensagem do Evangelho Segundo o Espiritismo, escrito por Allan Kardec, que aqui deixo:

Cap VII do EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - BEM AVENTURADOS OS POBRES DE ESPIRITO


1. Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, v. 3.)


Instruções dos Espiritos:


Missão do homem inteligente na Terra


13. Não vos ensoberbais do que sabeis, porquanto esse saber tem limites muito estreitos no mundo em que habitais.

Suponhamos sejais sumidades em inteligência neste planeta: nenhum direito tendes de envaidecer-vos. Se Deus, em seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, é que quer a utilizeis para o bem de todos; é uma missão que vos dá, pondo-vos nas mãos o instrumento com que podeis desenvolver, por vossa vez, as inteligências retardatárias e conduzi-las a ele.

A natureza do instrumento não está a indicar a que utilização deve prestar-se? A enxada que o jardineiro entrega a seu ajudante não mostra a este último que lhe cumpre cavar a terra?

Que diríeis, se esse ajudante, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu patrão? Diríeis que é horrível e que ele merece expulso. Pois bem: não se dá o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir a idéia de Deus e da Providência entre seus irmãos? Não levanta ele contra o seu senhor a enxada que lhe foi confiada para arrotear o terreno? Tem ele direito ao salário prometido? Não merece, ao contrário, ser expulso do jardim?

Sê-lo-á, não duvideis, e atravessará existências miseráveis e cheias de humilhações, até que se curve diante d'Aquele a quem tudo deve.

A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada. Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance. Infelizmente, muitos a tomam instrumento de orgulho e de perdição contra si mesmos. O homem abusa da inteligência como de todas as suas outras faculdades e, no entanto, não lhe faltam ensinamentos que o advirtam de que uma poderosa mão pode retirar o que lhe concedeu.
- Ferdinando, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)

O Evangelho Segundo o Espiritismo é dedicado a ensinar a boa interpretação das palavras de Jesus.

Já há mais de 2000 anos, contudo, Jesus explicou através de parábolas que a quem mais é dado, mais é exigido. Mas ninguém está dispensado de cumprir a sua parte, por lhe ter sido dado menos. A cada um é exigido segundo as suas capacidades.

Deixo aqui também a parábola dos talentos, de Jesus que também fala também sobre este assunto.

6. O Senhor age como um homem que, tendo de fazer longa viagem fora do seu país, chamou seus servidores e lhes entregou seus bens.
- Depois de dar cinco talentos a um, dois a outro e um a outro, a cada um segundo a sua capacidade, partiu imediatamente.
- Então, o que recebeu cinco talentos foi-se, negociou com aquele dinheiro e ganhou cinco outros.
- O que recebera dois ganhou, do mesmo modo, outros tantos.
- Mas o que recebera um cavou um buraco na terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo.

Passado longo tempo, o amo daqueles servidores voltou e os chamou a contas.

- Veio o que recebera cinco talentos e lhe apresentou outros cinco, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; aqui estão, além desses, mais cinco que ganhei.
- Respondeu-lhe o amo: Servidor bom e fiel; pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras; compartilha da alegria do teu senhor.
- O que recebera dois talentos apresentou-se a seu turno e lhe disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; aqui estão, além desses, dois outros que ganhei.
- O amo lhe respondeu: Bom e fiel servidor; pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras; compartilha da alegria do teu senhor.
- Veio em seguida o que recebeu apenas um talento e disse: Senhor, sei que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada puseste; por isso, como te temia, escondi o teu talento na terra; aqui o tens: restituo o que te pertence.
- O homem, porém, lhe respondeu: Servidor mau e preguiçoso; se sabias que ceifo onde não semeei e que colho onde nada pus, devias pôr o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que, regressando, eu retirasse com juros o que me pertence. Tirem-lhe, pois, o talento que está com ele e dêem-no ao que tem dez talentos;

porquanto, dar-se-á a todos os que já têm e esses ficarão cumulados de bens; quanto àquele que nada tem, tirar-se-lhe-á mesmo o que pareça ter; e seja esse servidor inútil lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes. (S. MATEUS, cap. XXV, vv. 14 a 30.)
 

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PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 16:11

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Segunda-feira, 16 de Novembro de 2009

AOS SOFREDORES ANGUSTIADOS

Mantida a ortografia original

Se bem fosse dada em caráter individual, respondendo ao apelo de um irmão aflito, de uma alma constringida fortemente na retorta da purificação, a mensagem que aqui inserimos, transmitida por Emmanuel, através do médium Francisco Xavier, em Pedro Leopoldo, fere com tanta precisão os pontos capitães da Doutrina Espírita, fazendo desta tão bela síntese, que comporta generalizada aplicarão, isto é, que se torna de proveito real para a generalidade dos que, sofrendo, na existência atual, as conseqüências de seus delitos em vidas anteriores, procuram angustiosamente um meio, um auxilio exterior, que lhes abram de vez e para sempre as tenazes da prova buscada, porque necessária a impulsionar a evolução descurada e, assim, retardada.
A sua publicação, pois, se recomendava e, como nenhum titulo lhe fora atribuído, por isso mesmo que ela apenas respondia, conforme dissemos, a um apelo individual, tomamos á nós pôr-lhe o que ao alto destas linhas está, por ser, ao nosso ver, o que melhor indica quais os que, principalmente, a devem ler, quais os que em mais larga escala podem beneficiar do que nela se contém.

Meu prezado irmão.
Que me ouça o Altíssimo, a cujo coração augusto e resplandecente, em o qual se contêm todas as excelsitudes do Cosmos, envio por ti a minha suplica fraternal.
Para cá das fronteiras da terra, os Espíritos, despojados das impressões canais como que se despersonalizam, identificados nas essências sublimes do amor fraterno, laço sacrossanto que une todos os mundos e todas as almas. E’ por esse motivo que nos qualificamos de irmãos. De fato, todos o somos, sob as vistas amoráveis do Magnânimo Pai Celestial, já que nos ligam as mesmas aspirações ao Perfeito, palpitando em nossos corações a mesma partícula divina, que nos faz vibrar as almas do mais forte de todos os anseios: o de união ao Criador.
Até a mim chegou o apelo do teu coração dolorido e, se eu pudesse, arrancaria de ti as penosas impressões físicas, como se extirpa uma chaga.
Todavia, Jesus é o medico de todas as almas e sabe qual o tratamento que lhes convém; mas, em razão do nosso livre alvedrio, somos senhores do nosso próprio destino.
Depois de Deus, Ente Supremo, Absoluta Majestade do Universo, nada ha, para os Espíritos, tão sagrado como o livre arbítrio. Dai a necessidade da iniciativa de cada individualidade, a bem da sua própria evolução. Afastar as possibilidades da auto-educação seria eliminar o progresso, seria despojar o ser de um dos seus divinos atributos, que é a liberdade. Da realidade desse asserto ressalta a ineficácia dos recursos da taumaturga, para a cura integral de uma alma enferma e abatida.
E’ á própria alma que compete, em meio das lutas ásperas e dos cruciantes amargores, nos quais está o preço de sua redenção, quando denodadamente suportadas, concatenar as suas energias latentes e as suas forças desaproveitadas para estabelecer o controle da sua existência temporária, corrigindo defeitos, dominando inclinações nocivas, envidando esforços para que a sua vontade se fortaleça, seu sentimento se eleve, sua mente se clarifique, integrando-se ela assim na harmonia dos seres e das coisas. Uma doutrina religiosa ou um bom alvitre são elementos de cura, mas não são a própria cura. A primeira a auxilia, porque ensina, esclarece, ilumina, conforta, representando para o coração angustiado um manancial de energias, onde as criaturas encontram forças para sustar os fracassos quase irremediáveis, as desgraças seletivas e para evitar a propagação de males e ruínas, paralisando o surto de resoluções inconfessáveis.
Isoladamente, porém, o Espírito, em qualquer plano da vida, tem de coordenar as suas possibilidades para o bem, para a luz, para o amor, em seu beneficio, fazendo das aspirações nobres e do trabalho proveitoso o santuário onde a sua mentalidade penetre diariamente para se purificar. Só assim conseguirá armazenar em si os grandes cabedais de energia, de fé e beleza moral, que lhe farão viver em correspondência com os planos superiores do universo, de onde lhe virão os primores intelectivos e sentimentais, como recompensa natural aos seus esforços.
Uma das mais proveitosas formas dos Espíritos se entregarem a uma atividade fecunda a prol do seu aprimoramento está na reencarnarão e eles a escolhem como o caminho mais fácil para a evolução necessária e a almejada ventura. Na plenitude da consciência, calculam as suas possibilidades e traçam um plano a que obedecerão rigorosamente e que conceitue quase sempre um como mapa de trabalhos e sofrimentos.
Tomam a carne. Lutam e padecem. Suas provações parecem obedecer a um implacável determinismo e, com efeito, obedecem, porquanto foi o próprio Espírito quem traçou a senda que lhe compete percorrer, para vencer, dizemo-lo sem paradoxo, o seu próprio destino, transformando os acúleos da estrada em flores de evolução espiritual. Os bons desejos, a moral elevada, a confiança nos poderes superiores do Bem, as preces sinceras, se mantidas com perseverante vontade, lhe evitam os distúrbios psicológicos e as quedas, por pior que seja o caminho.
E’ por estas razões, estribadas na mais pura lógica, que não nos é possível modificar de vez o teu estado psíquico. Extendemos-te as nossas mãos fraternas, amparamos-te com os nossos braços intangíveis, mas poderosos, e te indicamos a senda por onde chegarás á felicidade ou redenção: a misericórdia divina responderá aos teus apelos veemente.
Luta com abnegação e com heroísmo. Todos os homens nascem para triunfar da prova a que se submetem; toda carne está eivada de taras perniciosas; mas, será licito ao Espírito entregar-se-lhe á influencia, olvidando as noções da sua liberdade ativa? Não.
O atavismo é um dos grandes escolhos que devem ser vencidos pelas almas, no trabalho da sua purificação. O Espírito, em qualquer circunstancia, é obrigado a preponderar sobre a matéria. Operando dessa maneira, o homem espiritualizará todas as suas células orgânicas, porque, se o objetiva da matéria é dar corpo e expressão ás vibrações do Espírito, a função da alma é apurá-la, santificá-la. Quando o homem compreender o alcance dessa realidade, as taras desaparecerão do planeta; por enquanto, porém, os desígnios divinos se utilizam delas como de elementos úteis nas batalhas morais que a humanidade sustenta em favor do seu aperfeiçoamento. A causa de todas as moléstias reside na alma; mas, infelizmente, as criaturas humanas, vivendo apenas entre efeitos, que são coisas transitórias e efêmeras da existência planetária, não vão ás fontes de origem escrutar a causa das dores que as afligem.
Para a enfermidade da alma, somente os remédios espirituais são apelidáveis; por isso é que te ofereço as minhas pobres palavras.
Muito perde o homem com a sua impaciência. Em face da imoralidade, deveria ele encarar cada vida como um dia de trabalho. Que tu saibas aproveitar o teu dia, purificando-te nos ideais e nos atos generosos, santificando-te em sabedoria e amor. Aprende a viver em contacto com todos quantos te rodeiam. A sociabilidade atenua os rigores da provação; a doçura e a afabilidade nos proporcionam novos elementos vitais. Insular-nos, em meio das fontes de vida que os cercam, constitui grande mal. Deus nos criou para que nos amassemos intimamente uns aos outros.
E’s incompreendido, torturado, ridiculizado ás vezes? Sirva isso ao teu progresso moral. Adapta-te ás formas de expressão dos que te não compreendem ainda e faze-lhes o bem que puderes.
Toda alma deve ser um foco atraente de virtudes. O maior mérito de um Espírito reside nas boas ações que levou a efeito a prol dos outros. No sacrifício está o segredo da ventura espiritual e, nos instantes amargos de ríspidas provas, refugia-te no templo augusto das preces fervorosas e veemente. Do Alto dimanarão radiosidades indefiníveis para o teu Espírito, que se sentirá reconfortado na jornada terrena. Considera o objetivo do “CONHECE-TE A TI MESMO” e a tua mente, longe de ser atingida por vibrações de amargura, constituirá um refugio luminoso de sagradas energias espirituais, onde outras almas buscarão conforto, coragem, luz e amor.

Fonte: Reformador – setembro, 1936
EMMANUEL

PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 16:00

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