Terça-feira, 31 de Agosto de 2010

TEOLOGIAS E DISPARATES

 

     

 

O Termo Teologia, é definido pelo dicionário da língua portuguesa como: s.f. Doutrina a cerca das coisas divinas; doutrina da religião cristã; doutrina; coleção de obras teológicas de um autor.


É, sobre essa última definição para a palavra que me reporto, quando encontro tantas maneiras distintas de interpretação dos ensinamentos Cristãos, pois na hora de Teologizar; discorrer sobre os princípios teológicos, é que se dá a grande discrepância que se observa em diversas matérias que são encontradas na mídia religiosa, aparentemente falando do mesmo assunto, mas, que na verdade, são absolutamente incompatíveis uns com os outros.
Isso se verifica, em virtude da utilização da Teologia de forma unilateral, exclusivista, que leva invariavelmente ao "fanatismo religioso"  e quase sempre, o Teólogo,  aquele que é versado em Teologia e sobre ela escreve, nem sempre tem o necessário cuidado em respeitar o conhecimento e a interpretação de outros estudiosos, das diversas correntes Cristãs, ou seja, se acha o único detentor da verdade sobre as mensagens contidas no evangelho de Jesus.

E quase sempre, para se imporem com suas TEOMANIAS; "espécie de loucura, em que o doente se julga Deus ou por ele inspirado", esmeram-se em apresentar termos técnicos, de complicado entendimento, para os seus ouvintes normalmente pessoas incultas, de forma eloqüente e fantasiosa para passar uma visão de que são profundos conhecedores do assunto sobre o qual discorrem, e, que na maioria das vezes fere a ética e a moral da verdadeira mensagem Cristã.

Utilizam-se das interpretações pessoais, eivadas de vaidade e profundamente fanatizadas, para interpretarem ao pé da letra inúmeras passagens bíblicas, que não seriam admitidas como obra de um homem de bem, mas, que eles reputam a Deus Pai e criador de tudo, como se a perfeição absoluta fosse passível de cometer tamanhos absurdos contra sua própria criação.

Alguns desses Teomaníacos , chegam a afirmar que o pecado causa sofrimento a Deus, o que é simplesmente um absurdo erro teológico, pois as Leis de Deus não foram feitas para sua punição ou melhor dizendo para o reajustamento do que é perfeito e sim para o que precisa de reparação, e sendo Leis adequadas ao mundo de provas e expiações como o nosso planeta, não teriam a menor validade para os seres em adiantado estado de pureza espiritual, não mais sujeitos às intempéries da matéria grosseira da qual somos portadores; imagina sobre o seu próprio elaborador.

Têm Deus como se humano fosse, e por isso lhes atribuem coisas que não passam de situações humanas no mundo material como o nosso, e se esquecem, ou não sabem que Deus não está vulnerável às adversidades a que estamos submetidos por nossa absoluta falta de obediência a Lei Maior de amor e caridade, não sendo por isso mesmo admissível que Deus a Suprema Perfeição, possa estar submetido ou passível às Leis que regem os destinos dos seres humanos.

Talvez, o erro, mais terrível e grosseiro, cometido pelos pseudo-sábios seja justamente de interpretarem as escrituras ditas "Sagradas", como sendo literalmente a palavra de Deus, sem levarem em conta que um Ser absolutamente perfeito em tudo, não poderia se manifestar de forma tão imperfeita, grosseira, e até incentivando o crime e o desamor, o que só se pode atribuir a manifestações de espíritos humanos ignorantes e imperfeitos, e que jamais poderíamos aceitar como sendo palavras de Deus.

O Espiritismo é visto por esses entendidos em "escrituras sagradas", como uma grande ameaça aos seus postos de Pastores do Senhor, a infundir nas mentes atrasadas seus conceitos dogmáticos, exclusivistas, fanáticos, não aceitando que os Espíritos Superiores sejam capazes de se manifestarem aos homens, não obstante viverem apregoando aos quatro cantos da Terra, os poderes de Satanás, que seria um adversário de Deus em todos os tempos e que nem o próprio Deus pode dar jeito nele, e vive às turras na infindável disputa contra o Gênio do mal.

O Espiritismo vem aclarar a mente de todos os seus adeptos, descortinando o véu da ilusão colocado propositadamente para que não se possa conhecer a verdade divina, como se a verdade pudesse ser privilégio de alguns escolhidos por esse mesmo Deus ‘que além de tudo seria imparcial'; nos esclarecendo que tanto os espíritos imperfeitos quantos os Espíritos Perfeitos nos influenciam diariamente e podem perfeitamente comunicar-se conosco.

O Codificador do Consolador Prometido, o nobre espírito Allan Kardec, nada alterou nos conceitos trazidos pela Bíblia, como Jesus há 2008 anos atrás não veio destruir as Leis Mosaicas, assim também, o Espiritismo só veio para explicar de forma muito mais clara e inteligível as verdadeiras palavras de Jesus, trazendo ao homem os conhecimentos sobre o Espírito Imortal que todos somos, de onde viemos e para onde nos destinamos.
O Espiritismo nos assevera que "fora da caridade não há salvação", e a caridade verdadeira engloba o dever de respeitar as interpretações dos nossos supostos adversários, não nos sendo facultado o direito a difamar, menosprezar ou mesmo desprezar os irmãos que ainda não se beneficiaram da sublime mensagem espírita, e ao mesmo tempo nos faz compreender que esses que nos difamam, nos caluniam, são na verdade, merecedores de nossas preces e de nossos sinceros votos de que sigam em paz, tendo em Jesus sua melhor companhia.

Já sabemos que ELE resumiu todas as Leis e os Profetas em: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a si mesmo", por isso não devemos entrar pelas tolas provocações de quem ainda não assimilou a soberana mensagem do nosso Mestre Modelo e Guia, Jesus de Nazaré.
Enquanto os ditos líderes religiosos optarem pela falsa profecia, ensinando doutrinas que apregoam conceitos arcaicos e ultrapassados, para manterem seus seguidores a ferro e fogo, as divisões religiosas darão ensinamentos contrários à salutar convivência do ser humano com seu semelhante, aumentando a discórdia e dificultando a paz e a concórdia, mas, aos poucos, com o amadurecimento espiritual do homem, mais cedo ou mais tarde, essas aberrações estarão deixando de fazer parte da vida dos cidadãos esclarecidos do porvir e essas seitas religiosas, farão parte simplesmente da triste história escrita pela humanidade ignorante que já não mais existirá.
Que Deus nos ajude e dê forças para colaborarmos de forma positiva, fazendo o que nos compete fazer, com competência e boa vontade para que mais cedo possamos todos construir esse futuro de paz, harmonia e felicidade.

Referências Bibliográficas:

Bueno, Francisco da Silveira - Dicionário da Língua Portuguesa - MEC, 9ª Edição

Kardec, Allan - E.S.E. - FEB, 106ª Edição - Cap. I, item 1 e Cap. XV, item 8

Kardec, Allan - A Gênese- FEB, 37ª Edição - Cap. I, item 58.  

 

PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 01:27

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Segunda-feira, 30 de Agosto de 2010

DIREITO DE RESPOSTA A MARIA HELENA – A DETURPADORA.

http://blogespiritismo.blogs.sapo.pt/

 

Em primeiro lugar os ensinamentos do Cristo não pertencem a ninguém.

E se você quer falar de apropriação indébita, neste caso são vocês com a bíblia, porque desde o principio ela é o livro dos católicos e vocês a roubaram para criarem esta seita, e alem disto a deturparam totalmente a seu bel prazer. Isto sim é roubo.

Quanto a ter uma religião e não a segui-la conforme os ensinamentos nela contido e criticar outra que nada tem com a sua é burrice, ou medo que esta suplante a sua, mas fique com medo.

Peço que não pare de ler o livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, o Céu e Inferno e A Gênese porque um dia irás precisar dele, para seu engrandecimento espiritual, porque a sua até agora não tem feito isso.

Uma árvore má, não pode produzir bons frutos! Esta é você, pense direito, que em vez de se engrandecer com esta seita, ficas a criticar as dos outros, em vez de ler sua bíblia, passe a estuda-la com amor, para que aprenda:

"O Antigo Testamento foi revogado por Jesus. E o mesmo deixou-nos dois ensinamentos, procure por eles neste seu livro, e principalmente segui-os.

 

Pensando que somente a sua é a certa, a verdadeira,  continuas muito enganada com sua seita, sua vida, tenho quase certeza é uma pessoa doente, insensata, ignorante porque não aprende o que le.

Gostaria de saber que tu não serás mais um das enganadas (e esta enganação haverá até entre pessoas que se dizem "crentes" ou salvas). Cuide para que não venhas a perecer diante de uma doutrina de aparência boa e verdadeira (nem todo aquele que diz: "Senhor, Senhor" entrará nos reinos do céu): "porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério" (2 Timóteo 4:3-5).

 

PROGRAMA  CRISTÃO

 

 

Aceitar a direção de Jesus.

Consagrar-se ao Evangelho Redentor.

Dominar a si mesmo.

Desenvolver os sentimentos superiores.

Acentuar as qualidades nobres.

Sublimar aspirações e desejos.

Combater as paixões desordenadas no campo íntimo.

Acrisolar a virtude.

Intensificar a cultura, melhorando conhecimento e aprimorando aptidões.

Iluminar o raciocínio.

Fortalecer a fé.

Dilatar a esperança.

Cultivar o bem.

Semear a verdade.

Renovar o próprio caminho, pavimentando-o com o trabalho digno.

Renunciar ao menor esforço.

Apagar os pretextos que costumam adiar os serviços nobres.

Estender o espírito de serviço, secretariando as próprias edificações.

Realizar a bondade, antes de ensina-las aos outros.

Concretizar os ideais elevados que norteiam a crença.

Esquecer o perigo no socorro aos semelhantes.

Colocar-se em esfera superior no plano escuro da Maledicência.

Ganhar tempo, aproveitando as horas em atividade sadia.

Enfrentar corajosamente os problemas difíceis da experiência humana.

Amparar os ignorantes e os maus.

Auxiliar aos doentes e aos fracos.

Acender a lâmpadas da boa vontade onde haja sombras de incompreensão.

Encontrar nos obstáculos os necessários recursos à superação de si próprio.

Perseverar no bem até o fim da luta.

Situar a reforma de si mesmo, em Jesus Cristo, acima de todas as exigências da vida terrestre.

 

 

 

 

EM TEMPO: Você é muita feia, nesta foto denota insanidade.

 

 

 

 

 

PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 22:39

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Domingo, 29 de Agosto de 2010

SURPRESAS E PERPLEXIDADES DE UM MÉDICO

Que acontece a um médico de formação científica clássica quando "tropeça" - é esse mesmo o termo - na realidade da alma humana? Essa pergunta vai-se tornando cada dia mais constante, desde que a ciência médica restabeleceu seu perdido contacto com a hipnose. Por muitos anos, ficou esta a margem, como tabu científico, espécie de membro espúrio de uma extravagante família de fenômenos psíquicos.
Isso tudo - diziam os cientistas - é coisa de lunáticos e deve continuar nos porões do conhecimento humano, sem jamais voltar a ver a luz do Sol.
Acontece que a verdade sofre de incurável fototropismo tem uma ânsia incontrolável de luz e acaba por descobrir uma frincha por onde novamente emerge, para desespero da intransigente ciência acadêmica.
A hipnose é tão antiga quanto a feitiçaria primitiva, a magia, ou a própria Medicina. Acostumada aos dourados salões acadêmicos de hoje, a ciência moderna tem certa vergonha explicável, mas não justificável, de suas próprias origens, tão humildes e obscuras.
A chamada história científica da hipnose começou com Franz Mesmer (1734-1815), que a empregou no tratamento de seus clientes, pelo fim do século dezoito, rotulando o fenômeno de "magnetismo animal". Seja porque os resultados obtidos por Mesmer tenham sido algo extraordinários em muitos casos, seja porque ele próprio fosse um tipo algo estranho, amante dos grandes gestos e da publicidade, o certo é que o chamado "magnetismo animal" caiu em desgraça. Além do mais, cheirava a espiritualismo, numa época nitidamente racionalista, já a caminho desse materialismo que chegaria quase a dominar todo o pensamento, alguns anos adiante. Apenas uns poucos médicos - sem muito entusiasmo e despertando mais o desprezo de seus colegas que sua atenção - se arriscavam a estudar o fenômeno.
Por volta da metade do século 19, um médico Inglês. chamado James Braid, começou a estudar o assunto a sério, com a intenção de dar, a esse ramo do conhecimento humano, um "status" científico. Foi Braid quem criou os termos hipnose e hipnotismo. Depois de Braid, a coisa novamente escorregou para a obscuridade do porão. A ciência oficial continuava a não dar muita importância ao fenômeno. Ainda mais agravava esta atitude da Ciência, o fato de que a hipnose passara facilmente para as mãos dos charlatães e de certos "artistas" de palco e picadeiro. Além disso tudo, vinha a hipnose envolvida numa coisa muito séria que a Ciência sempre temeu e evitou: o Espírito.
Finalmente, um grande passo foi dado quando as associações médicas inglesas e americanas aprovaram formalmente o emprego da hipnose em Medicina e condenaram enfaticamente a manipulação do fenômeno pelos leigos. Isso foi na metade do decênio 1950 - 1960, coisa recentíssima, portanto. Logo em seguida, organizou-se a American Society of Clinical Hypnosis (Sociedade Americana de Hipnose Clínica). Com isso, a hipnose saía de uma vez do porão. Não se diga, porém, que a ciência oficial já sabe tudo a seu respeito; antes, pelo contrário, está apenas começando a engatinhar nesse terreno tão cheio de surpresas. Não obstante todos os riscos e dificuldades, o fato em si é auspicioso, porque, praticando a hipnose, mesmo exclusivamente para fins médicos, a Ciência já está começando, como se diz em linguagem popular, "a dar de cara" com a sólida realidade do Espírito.
E' que na prática da hipnose para fins clínicos ou terapêuticos, os médicos estão, a cada passo, tendo curiosas experiências. E' uma pena que tantos deles não tenham a necessária formação, digamos técnica, para lidar com esse problema de tão transcendental importância para o destino do homem.
Por isso, repito a pergunta: Que acontece quando o médico se encontra diante da realidade do Espírito humano? Tenho aqui, diante de mim, um livro muito interessante a respeito deste fascinante assunto.
E' uma obra recente (1959), intitulada "Explorations of a Hypnotist" (Explorações de um Hipnotizador), de autoria de um médico inglês chamado Dr. Jonathan Rodney. O Dr. Rodney, segundo esclarecem as notas da sobrecapa, é um médico de clínica geral, que teve seu interesse despertado para a alergia, no que se especializou. Como era de esperar-se, não poderia deixar de interessar-se igualmente pela Psicologia, já que tantos fenômenos alérgicos são, em essência, de origem psicossomática. Na esteira desses primeiros casos resolvidos pela hipnose, vieram outros e outros, até que o Dr. Rodney se viu profundamente envolvido no assunto.
Vejamos, pois, o que tem a dizer.
Ao que parece, o Dr. Rodney ainda guarda, no fundo de si, muitos dos antigos preconceitos da ortodoxia científica e de seus dogmas. Observe o leitor esta frase, no segundo parágrafo da introdução do seu livro: "Há muita gente, especialmente, no Oriente, que chega a considerar o corpo como simples invólucro para ao que chamam Espírito e ajustam suas vidas em torno desse conceito." O grifo é meu.
Veja o leitor como custam a morrer os preconceitos científicos. Este homem de ciência, esclarecido sob tantos pontos de vista e aspectos da medicina psicossomática - termo que emprega com frequência continua a achar curiosa a existência de gente que acredite no Espírito.
A introdução é curta e logo passa o autor ao livro propriamente dito, iniciando-o com uma breve história da hipnose. Não me parece necessário reproduzir suas palavras. E' interessante, porém, referir sua opinião de que Freud, com seus métodos de psicanálise, retardou em trinta anos o desenvolvimento da Ciência, o que não teria ocorrido se tivesse logo lançado mão dos processos hipnóticos. "Ainda hoje - diz ele mais adiante - muita gente acredita que o hipnotizador adquire completo controle da mente do hipnotizado. Nada poderia estar mais distanciado da verdade." Isso é perfeitamente correto. Temos assistido a inúmeras experiências, nas quais a pessoa em estado de hipnose profunda discute os mais variados assuntos com o hipnotizador, contestando-lhe a opinião, refutando-lhe os argumentos, demonstrando, enfim, com toda a nitidez possível, sua perfeita e completa independência e autonomia. Em estado de hipnose profunda, o Espírito é livre quanto mais o seja e dono de uma lucidez que nem mesmo no estado de vigília consegue alcançar, nos seus melhores momentos.
A seguir, o Dr. Rodney apresenta alguns dos casos que resolve habitualmente com o tratamento hipnótico: doenças da pele (psoríase, eczema), doenças do aparelho respiratório (asma, febre do feno), doenças do coração (taquicardia, hipertensão) e tantas outras, como a doença de Raynaud, males do aparelho digestivo, artrite, doenças dos olhos, nariz e ouvidos, etc. Quanto às doenças mentais, diz ele que, na sua experiência, as únicas que reagem a um tratamento hipnótico são a melancolia, a mania, a hipomania e a insanidade epiléptica. Pode, entretanto, curar com relativa facilidade o tabagismo, o alcoolismo, o vício das drogas (morfina, cocaína, etc.), além de muitas psico-neuroses, certos casos de homossexualismo (quando não de origem glandular), insônia, gagueira, o hábito de corar, de urinar na cama, roer as unhas e até mesmo a obesidade, quando causada pelo excesso de comida. No entanto, adverte, a hipnose não é uma panacéia infalível para todos os males. Aviso oportuno e sensato.
Sendo, porém, instrumento tão poderoso de trabalho médico, porque não encontra melhor acolhida nos meios científicos? "Porque - perguntam-lhe -os psiquiatras gastam tantos meses e até anos, ministrando cursos de psicanálise, se a hipnoterapia pode alcançar o mesmo resultado - ou até melhores - em poucas horas?"
Confessa o Dr. Rodney que a pergunta é difícil de responder. Acha, porém, que os especialistas se acostumaram a encarar a psicanálise como última palavra, no que diz respeito à mente humana. E mais: "para falar francamente, na minha opinião, a razão é dupla. Em primeiro lugar, muitos psiquiatras não sabem realmente como hipnotizar, e, em segundo lugar, ... bem, o tratamento psicanalítico é longo e, em sua maior parte, reservado aos clientes particulares e estes pagam consultas."
O autor, porém, não quer desacreditar a psicanálise. No seu entender, Freud, Jung e Adler ficarão na história da Ciência "como gigantes no desenvolvimento da Psicologia moderna, mas já é tempo de que seus conceitos básicos sejam atualizados".
Também está certo o Dr. Rodney quando proclama a ingenuidade do psicanalista, "que parece apreciar o emprego de termos como "id" "ego", "super ego", "censura" e "libido"... Só não concordo com o autor quando conclui dizendo que "a psiquiatria deve abandonar tudo quanto cheire a curandeirismo". Isso, em termos: há muita coisa aproveitável na bagagem cultural do curandeiro ou do feiticeiro primitivo. A despeito de toda a sua proclamada ignorância, o feiticeiro sempre soube, ao lidar com um caso de possessão, que tinha diante de si a figura de um Espírito estranho influenciando o ser encarnado, isto é, dois Espíritos disputando o mesmo corpo físico. Ao contrário, o psicanalista, quando lhe trazem ao consultório um caso de obsessão ou possessão, nem sonha admitir a existência de um Espírito estranho a interferir no mecanismo psicológico do possesso ou do obsidiado. Para ele, b quadro clínico fica todo enfeitado com o pomposo e obscuro jargão "científico" que nada explica nem esclarece. Pois se ele nem admite a existência do Espírito, como pretende curar as suas disfunções?
Em resumo, o Dr. Rodney acha que muitos psiquiatras e médicos hipnotistas de hoje julgam Freud superado. Os que seguem o sábio de Viena, fazem-no por certo comodismo e para se manterem na corrente da "moda", mesmo reconhecendo que a hipnose é um método bastante superior, "embora não tão compensador do ponto de vista financeiro
As páginas seguintes são dedicadas à descrição da natureza do hipnotismo e processos de indução hipnótica. O leitor certamente conhece trabalhos autorizados sobre o assunto.
E, então, entra o Dr. Rodney no cerne do seu tema ao tocar na equação hipnotismo e percepção extra-sensorial. Informa o autor que c% Dr. Donald West - "que nunca se deixa levar por suas emoções no curso de suas investigações - acha que pode mesmo existir algo no fenômeno da percepção extra-sensorial".
A gente custa a crer no que lê. Então vem um médico a público, declarando praticar a hipnose há mais de quinze anos, para discutir problemas do Espírito humano e tudo quanto nos tem a dizer, sobre percepção extra-sensorial - uma atividade genuinamente espiritual -, se resume em repetir a vaga opinião de outro médico que, por sua vez, julga possível a existência de "alguma coisa" na PÉS? E isso em 1959, quando as pesquisas do Dr. Rhine -que estuda o fenômeno desde 1932 - já demonstraram, como se diz em latim, "ad nauseiam", a existência da faculdade extra-sensorial no homem? Há mais, ainda. O Dr. Rodney admite, como vimos, que o Dr. West admita a existência da percepção extra-sensorial, mas logo abaixo adverte, muito enfático, que "o público não deve confundir (hipnotismo) de forma alguma, com o Espiritismo, que se limita a pessoas altamente impressionáveis e está freqüentemente em mãos de charlatões. Nenhum homem ou mulher inteligente pode crer que haja qualquer coisa no Espiritismo. Essa é a opinião do Dr. West depois de grandes experiências. Todo o adulto deve concordar com ele".
Logo, o Dr. Rodney não tem a mínima idéia acerca dos problemas que estuda. Como pode um homem com esse preparo psicológico e científico interferir no complexo e sensível mecanismo do Espírito humano, se a opinião que adota, a respeito de assunto tão grave quanto este, nem mesmo é sua, e sim obtida de segunda mão, de outro médico, que diz ter feito "grandes experiências"? Que experiências são essas? E porque os adultos inteligentes têm que concordar com o Dr. West e mais o Dr. Rodney? Já não quero invocar aqui as figuras geniais do Prof. William Crookes, ou do Prof. Aksakof ou de Sir Arthur Conan Doyle, mas poderia apontar ao Dr. Rodney milhares de homens e mulheres inteligentíssimos, sensatíssimos, com a cabeça muito firme no lugar, que não apenas acreditam no Espiritismo, mas que têm certeza absoluta da sua autenticidade.
Por isso tudo, por andarem mergulhados nessa espessa e lamentável ignorância a respeito da natureza humana, é que certos cientistas se perdem num dogmatismo estreito, ridículo, lamentável. O Dr. Rodney, que acusa Freud de ter retardado o desenvolvimento da Psiquiatria por trinta anos pelo menos, precisa de um bom exame de consciência.
Daí porque ficou tão atarantado, segundo confessa, candidamente, quando um de seus pacientes em transe de hipnose profunda, revelou a ele, Dr. Rodney, o que estava fazendo a Sra. Rodney, naquele exato momento, em outra cidade. Claro que o Dr. Rodney tinha de ficar surpreendido, pois, se não admite sequer a existência do Espírito, como é que vai compreender que, em estado de hipnose, o Espírito se desprende e alcança elevado estado de lucidez e liberdade?
Ao descrever as técnicas de indução hipnótica, o autor critica os passes longitudinais: "...eles parecem muito dramáticos nos filmes, mas na verdade são completamente inúteis". De minha parte, não os poria à margem tão ligeiramente. Tenho visto a indução de transe hipnótico sem passes, mas o Coronel Albert de Rochas, que experimentou largo tempo com a hipnose, os empregava com excelentes resultados.
Nos capítulos seguintes continua descrevendo a técnica empregada e as condições de diversos pacientes, informando que apenas dez per cento das pessoas não são hipnotizáveis. Das 90% hipnotizáveis, cerca de 50% ficam apenas num estado primário, 20, no estado cataléptico, e 20, em estado de hipnose profunda. Os 10 porcento insusceptíveis de serem hipnotizados, incluem crianças, pessoas muito idosas e lunáticos. As pessoas de elevado nível de inteligência são mais fáceis de hipnotizar.
Depois de discorrer amplamente sobre a sua técnica, o autor apresenta alguns casos de hipnoterapia, nos quais obteve apreciável êxito, curando certas moléstias. Com esses casos encerra a primeira parte do livro, mas é a segunda que realmente nos interessa, porque nesta ele narra suas experiências de regressão de memória.
O seu primeiro caso deu-se com uma senhora Baker, que ele desejava curar de uma curiosa incapacidade de engolir. A sessão descrita já é a segunda. Colocou a Sra. Baker em estado hipnótico e praticou a regressão de memória, fazendo-a recuar até aos vinte e quatro anos de idade e, depois, mais e mais, até um ano de idade e até dois meses. Aí quis aprofundar mais um pouco, fazendo-a descrever o tempo em que se encontrava ainda em estado de gestação, no útero materno. O dialogo até este ponto é longo e a Sra. Baker havia descrito todos os fatos mais importantes de sua infância e mocidade num inglês coloquial e ligeiro. Já havia até assumido a posição fetal enrolada sobre si mesma, entendendo aparentemente as palavras do médico, mas incapaz de a elas responder. De repente, voltou à sua posição normal no sofá. "Estava plácida e serena, diz o autor, mas respirava outra vez, muito pesadamente." E falou, em excelente francês:
- "La reine... La reine est morte."
O médico se confessa aturdido ("startled"). Olhou para a sua secretária, que de tudo tomava nota, como tinha sido combinado. E repetiu a pergunta, em inglês, à senhora hipnotizada:
- What did you say? (Que foi que a senhora disse?)
- "Morte... La reine est morte." - repetiu a jovem senhora.
E o doutor, de novo, em inglês:
- Did you say the Queen is dead? (A senhora disse que a rainha morreu?)
- "Ah, oui. La pauvre reine. La pauvre reine." Não posso, leitor, repetir todo esse curioso diálogo, mas ele continuou, em inglês dum lado e em francês de outro. A moça, em transe hipnótico, declarou sempre, em bom francês, chamar-se Marielle Pacasse. Era casada com um certo Jules, dono de uma quitanda, onde o ajudava a vender frutas.
Como em todos esses estados de regressão, o Espírito realmente parece reviver aquelas cenas e não apenas recordá-las. E reproduz de preferência os acontecimentos mais destacados e que mais fundo o impressionaram.
- A senhora não pode falar-me em inglês? -perguntou o médico.
E a paciente, uma senhora inglesa, cospe, em puro desprezo.
- Porque cospe?
- "Je n'aime paz les Anglais... Les cochons!" (Não gosto dos ingleses, esses porcos.)
- Como é que a senhora não gosta dos ingleses. A senhora não é inglesa?
- "Eu, inglesa? Eu? Sou francesa! Detesto esses porcos, esses cães..."
Ninguém está mais surpreso com tudo isso que o pobre doutor, que acaba de tropeçar, sem saber, na crua realidade da reencarnação. A Sra. Baker, cem per cento inglesa, apenas revive, com todo o realismo, as aflições e angústias da existência que viveu na França, ao tempo da Revolução, como Marielle Pacasse. Lamenta a morte trágica de Maria Antonieta.
- Quem é o seu rei? - pergunta o médico.
- "Louis, mais Louis est mort."
O rei também está morto. Quem manda agora é o triunvirato Marat, Danton e Robespierre. Todos vivos? Não, diz ela, Robespierre está vivo. Marat morreu.
A conversa ainda prossegue, até que o médico resolve despertar a paciente. Esta se lembrou de tudo até o ponto em que ele a mandou dormir mais profundamente. Depois disso, recorda-se vagamente de ter tido "um sonho", no qual se via em Paris, há muito tempo, mas não sabe de mais nada.
- A senhora reconhece o nome Marielle Pacasse?
- Não, doutor. Tinha eu de o recordar?
Já se preparando para sair, o médico lhe disse o seguinte:
- All right, Mrs. Baker. Et maintenant, ou allez-vous? (Muito bem Sra. Baker. E agora, onde vai a senhora?)
A pobre senhora olhou-o, estupefata. Que história era aquela de lhe falar numa língua estrangeira?
- Que foi que disse, doutor?
- Dites-moi? - continua o doutor - Quel es votre nom? (Diga-me, como se chama?)
Ela riu e respondeu:
- Porque o senhor está falando francês comigo?
- E' apenas um teste. A senhora fala francês
- Não. Bem que eu gostaria, mas nunca frequentei escola secundária e não se ensina francês no curso primário.
- A senhora já esteve na França?
- Não.
Assim ficou o Dr. Rodney com as suas surpresas e perplexidades. Na sessão seguinte, a Sra Baker novamente retornou à sua curiosa aventura francesa; confirmou chamar-se Marielle Pecasse, e tudo o mais, informando até mesmo a data da prisão de Robespierre e quem o prendeu. "Il est julliet et Tallien arrête lo grand Robespierre." - diz ela.
O Dr. Rodney estava cada vez mais surpreso pois que a despeito das inúmeras e hábeis armadilhas que colocava diante da Sra. Baker, ou melhor de Marielle Pacasse, ela respondia invariavelmente da mesma forma, conservando-se coerente com a História e a cronologia, sempre respondendo em perfeito francês, que ignorava totalmente, em estado de vigília.
Conclusão do Dr. Rodney: nenhuma, por enquanto. Narra outros casos. Como o do Sr. Barclay, por exemplo. Este senhor sonhava repetidamente que bebia sangue humano. Por duas vezes, chegou mesmo a atacar pessoas da família, mordendo-lhes o pescoço. Depois de curá-lo pela hipnose, o Dr. Rodney praticou-lhe a regressão de memória e o fez recuar a uma existência anterior. A linguagem do homem muda completamente. Fala um inglês antiquado e colorido, cheio de curiosas expressões idiomáticas desusadas. Seu nome não é mais Royston Barclay - chama-se James Ainsworth. E' taverneiro na estrada de St. John a Stanton. O lugarejo chama-se Oakley.
Mals uma vez se evidencia que o Espírito realmente recua para aqueles tempos e revive as cenas de então.
- Quem é o seu rei?
- Ué, Charles, senhor, é o monarca e é um cavalheiro muito jovial; pelo menos é o que dizem.
- Qual Charles?
- O que veio logo depois de seu pai, senhor. Ele era inda muito criança quando o primeiro Charles, de pé diante do palácio, em Whitehall, teve, a sua cabeça cortada.
(Isto se deu em 30 de Janeiro de 1649, com Charles I da Inglaterra. Seu filho, Charles II, viveu de 1630 a 1685.)
Vê-se que o homem tinha pouca instrução ao tempo em que viveu como James Ainsworth. Mas não apenas Isso. James utilizava o vocabulário da época, e o que ainda não era de seu conhecimento ele não compreendia.
Por exemplo: Pergunta-lhe o doutor quais as bebidas que tomava. Cerveja, quase sempre: Mas não há outras? Chá, café?
- Nunca ouvi falar dessas, senhor.
E depois:
- Você dorme num quarto? (Bedroom)
- No quê?
- "A bedroom"
O homem suspira profundamente, como se labutasse na cabeça com aquela estranha palavra "bedroom"; depois proclama:
- I sleep in a chamber, what else? (Durmo numa câmara, que mais?)
A palavra para quarto naquele tempo não era "bedroom" e sim "chamber". Da mesma forma ignora a palavra ointment (unguento), mas sabe perfeitamente o que quer dizer "unguent".
O Dr. Rodney quer saber depois que fazia ele entre a vida de James Ainsworth e a de Royston Barclay. "Nada, senhor. Nada de uma vez... Apenas pareço flutuar..."
- Onde o senhor flutua?
- Flutuar,.. flutuar... Não sei onde - algum lugar. Tudo é... calmo e quieto.
Depois de tudo isso, introduz o Dr. Rodney um capítulo sobre o que chama enfaticamente de alucinações. Exemplo: "Uma esposa, amargurada pela dor de ter perdido o marido, pode levantar a vista e vê-lo de pé à porta." A possibilidade de ser o próprio Espírito do marido ali presente, nem mesmo é examinada. E dizem que isto é ciência...
E' uma pena que, no caso de Barclay, ele não pesquisasse naquela vida de Ainsworth, ou mesmo anteriormente àquela, as causas dos sonhos vampirescos. Certamente as teria descoberto.
Num outro caso, Jane Fulton, a nova secretaria do Dr. Rodney, sempre descrevia, sob hipnose, uma existência prévia como Seth Blane. Quando o médico lhe dava sugestões sobre outras personalidades, ela as aceitava, mas, deixada livremente à sua associação de idéias, voltava a descrever a existência de Seth Blane, com todos os pormenores, sempre os mesmos.
Depois de apresentar esses casos e vários outros, era de esperar-se que o autor aventasse pelo menos uma teoria para explicá-los. Não. Em vez disso, escreve cerca de uma página de livro sob o título "The Challenge" (O desafio). Em três dos casos, ele procurou investigar os dados fornecidos pelos hipnotizados. De dois, não conseguiu praticamente nada de útil; o tempo decorrido já ia longe e os documentos da época eram insuficientes. Quanto a Marielle Pacasse, existência prévia da Sra. Baker, o Dr. Rodney obteve maior êxito. Escreveu a um jornalista francês, o Sr. Jean-Claude Rivière. Apurou-se o seguinte: que não existia mais a rua St. Pierre, onde Marielle dizia residir, mas, na realidade, a rua existira ao tempo da Revolução Francesa, exatamente como a jovem descrevera: na Ile de la Cité, perto da Notre Dame.
A pergunta final do doutor: "Será que existe mesmo a reencarnação, a eternidade do homem?" Sua resposta: "Não vou sequer tentar uma resposta. Comecei meu trabalho com cepticismo e ainda acho difícil reconciliar-me com a explicação que parece justificar a história da Sra. Baker. Não desejo reivindicar nada para mim, para o meu método, ou para a minha paciente. Passo adiante, simplesmente, o desafio que os fatos me oferecem."
Aí está a experiência do Dr. Jonathan Rodney, médico que, na sua prática de hipnose clínica, tateando na escuridão da ciência dogmática, com relação às questões espirituais, tropeçou no vulto imenso do Espírito humano. Ficou sem saber como explicar - a não ser pela reencarnação - os fatos que observou. E isso não consegue aceitar. E é esse mesmo homem que nos vem dizer que uma pessoa inteligente não deve admitir essa história de Espiritismo...
Enquanto isso, milhões de Espíritos, encarnados e desencarnados, se atormentam mutuamente em crises de obsessão e possessão, necessitando desesperadamente de assistência real por parte de gente qualificada. Essa ajuda, entretanto, somente poderá ser prestada por quem saiba da existência do Espírito, conheça algo do mecanismo da mediunidade e se certifique da verdade reencarnacionista.

JOÃO MARCUS
Fonte: Reformador - fevereiro, 1964
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 15:51

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Sábado, 28 de Agosto de 2010

PARA MUITOS, O INDECIFRÁVEL PROBLEMA DA MORTE

 

 “Para desassombrar a impenetrabilidade da morte, não há nada como a bondade.”

(Ruy Barbosa, discurso pronunciado na Academia Brasileira de Letras, em 1o de outubro de 1908.)

Num enfoque panorâmico apenas, diremos algo, tangenciando o problema da morte – tema da mais alta magnitude, pelo que representa para todas as criaturas humanas. Problema, aliás, que se constitui um tabu para muitos e um doloroso enigma para outros; problema, para a maioria, sombrio e angustioso, diante do qual até muitos espiritualistas não ousam olhar vis-à-vis, tal a educação manipuladora do medo irracional, abrigado nos desvãos do subconsciente.

Nós, os espiritualistas – queremos nos referir a todos os que adotam uma religião ou, simplesmente, intitulados como livres-pensadores, aceitam a sobrevivência do Espírito –, não podemos, às portas do Terceiro Milênio, em face das conquistas do pensamento contemporâneo, alimentar vacilações quanto à continuidade da vida, após nossa jornada pelos caminhos, por vezes, acidentados, da existência terrena. Quem se diz espiritualista ou se rotula como tal, e vacila quanto à realidade da sobrevivência do Espírito, é um incrédulo disfarçado com a roupagem cinzenta da dúvida. Esta é uma forma sofrível de espiritualidade vazia, que não enxerga na morte mais que um silêncio indecifrável, uma interrogação angustiante.

A morte, para nós espiritualistas de todos os matizes, “domiciliados na esfera física”, deve significar uma lei que se cumpre; um marco, entre duas fases, na eternidade de nossas vidas; uma simples mudança de estado; um eclipse momentâneo; uma transição da vida física para a vida espiritual; um indispensável episódio; o abandono necessário de um veículo em decadência – o nosso corpo; veste por vezes imprestável, que cumpriu o seu papel, nos labores evolutivo do nosso Espírito; fardo por demais pesado, sob os anos, para ser carregado, e que não mais corresponde às exigências da vida física, que deve ser devolvido ao laboratório da Natureza.

Para a maioria dos homens, voltamos a repetir, a morte continua a ser um pesadelo, uma indecifrável, enigmática e sombria interrogação, que não ousam olhar com olhos de ver, quando a maior parte das religiões literalistas da Crosta, que deveriam instruir seus adeptos, ficam apenas na periferia do problema, sem quase nada a oferecer aos seus profitentes.

Todavia, ao invés de repelirmos a ideia da morte dos nossos pensamentos, encaremo-la com tranquilidade, lembrando, com o grande vulto do pensamento científico da França, Charles Robert Richet, que “a morte é a porta da vida”, como escreveu em carta a Cairbar Schutel. Esforcemo-nos, sim, por desmistificála, por desembaraçá-la dos preconceitos que a envolvem, da roupagem angustiosa com que, em geral, é cercada por nossa incapacidade de entendê-la.

O medo da morte, a tanatofobia, gera verdadeira crise, verdadeiro tormento, chegando a tal demasia, a tal desespero para certas pessoas, “que morrem do medo de morrer”. (1) São criaturas, como afirmam nossos Benfeitores espirituais, que fazem da morte uma deusa sinistra, vendo no fenômeno natural da renovação as mais negras cores, transformando-o numa terrível noite de amarguroso e definitivo adeus.

As solenidades fúnebres, ritos ou cerimônias, engendrados por certos costumes ou por cultos religiosos, concorrem para dar à morte esse aspecto lúgubre, sombrio, chorado, sofrido, num verdadeiro culto a cadáveres, com esquecimento do culto devido ao Espírito.

É costume de mau gosto, que vem desde a nossa infância, apresentar-nos a morte, ainda que com fundo alegórico para o bom compreendedor, de forma esquelética, com a destra empunhando a foice inclemente, fatídica, inexorável. E de tal modo, que essa ideia excêntrica e esdrúxula provoca verdadeira afecção mental, desde a inexperiência de nossa infância. Cria tal psicose, vendo nela um asqueroso vampiro, buscando vítimas a imolar, sequiosa de lágrimas e desesperos; a todos ceifando sem hesitação e sem clemência; vulto hirto e frio como um “cipreste, que, ainda, mesmo florido, sombra da morte no ramal encerra”, no dizer de Castro Alves, poeta genial de “Espumas Flutuantes”. É preciso despir a morte desse aspecto mórbido, nascido de condicionamento milenar.(2)                    

Sabemos que não é fácil assistirmos impassíveis, quando o corpo de um ente querido baixa ao silêncio, para muitos indecifrável, do sepulcro, deixando nos mergulhados numa saudade infinita, amargurada em lágrimas sofridas, como se nos amputasse, dolorido, um pedaço de nossa alma. “Não permitamos, assim, que a saudade se converta em motivo de angústia e opressão.” (3)

Não é insensibilidade que as circunstâncias nos pedem, porém uma compreensão equilibrada, racional, ainda que banhada com pranto, certo que uma folha não se move no Universo senão pela vontade de Deus, sempre para o nosso bem, como tudo que nos vem do Criador; situação tão difícil de suportar e entender, em nossa visão limitada da vida e da morte.

Procuremos compreender, tanto quanto possível, a sabedoria Divina, sem dimensioná-la, ou tentar dimensioná-la com a bitola estreita da nossa visão limitadíssima das coisas e dos fatos, coerentes com a posição de meros aprendizes, que todos nós somos, das lições de imortalidade, que a escola da vida nos oferece, com vistas aos nossos esforços evolutivos; certo que Deus não nos criou, simplesmente, para ali, mais adiante, nos aniquilar, brincando com os nossos destinos. Deus não joga dados, como afirmava Einstein.

Para o materialista, que nada vê além da vida física; para o agnóstico, que declara o absoluto, o espiritual inacessíveis ao espírito humano; para o niilista, hóspede de profunda letargia espiritual – para todos eles, aferrados à dimensão física, refocilados nas transitoriedades do mundo –, a morte é o mergulho do ser no nada ou no mistério indecifrável, ainda que, no íntimo, procurem disfarçar suas dúvidas, seus pesadelos irrevelados. O materialista, principalmente, para efeito externo, para manifestação de fachada, se diz suficientemente esclarecido e inteligente para não aceitar crendice, como essa da sobrevivência do ser após a morte; colocando-se, assim, numa posição impertinente, vendo-se dono intransigente e irreverente da sua pseudoverdade, para si inquestionável; olhando de cima de um pedestal de soberba os que não lhe comungam das ideias, gesto que, por vez, toca à arrogância, num “flagrante delito de ignorância”. (4)

Todavia, para este ou para aquele, quer acreditem ou não acreditem na realidade da sobrevivência do ser – todos nós, na linguagem popular, na sua maneira de dizer e conceber –, chegado o momento decisivo, daremos de cara com nós mesmos. E, então, transferidos todos, pela morte, aos pórticos impassíveis do território cósmico da vida espiritual, que a nós todos espera, ali teremos, ante os olhos da alma, a inarredável e irrecorrível realidade. E vê-se cumprida, assim, a sentença inapelável, que nos diz que não há morte, senão para o corpo físico, certo que a individualidade permanece eterna, incorruptível, perfectível pelos caminhos inquestionáveis da sua destinação espiritual.

Na vida espiritual é que, a cada giro da Terra sobre si mesma, são despejadas multidões de criaturas; a grande maioria totalmente despreparada para o culminante evento, que a todos espera, porém, com perspectiva sombria para aqueles que acreditam apenas no império do NADA depois desta vida: os piores cegos, a exemplo dos que dizem que mesmo que vissem não acreditariam.

A indispensável preparação, que devemos diligenciar, enquanto por aqui nos encontrarmos, é tarefa de todos nós; o que não depende do rótulo religioso, do rótulo filosófico, ou mesmo não depende de rótulo nenhum, que daqui levarmos; depende, e muito, da compostura com que nos conduzirmos na vida de relação; da observância de uma linha de conduta, não apenas para efeito externo, porém da vivência de uma legítima dignidade moral, de uma nobreza de sentimentos, de uma ética indiscutível, de uma solidariedade efetiva, que venha espontânea de dentro dos nossos corações; certo que, na vida extrafísica, perante a Consciência Cósmica do Bem Eterno, da Justiça Infinita, responderemos, não apenas pelo mal que houvermos praticado, mas, também, pelo bem que deixamos de fazer. (5)

Este ensino serve a todos os matizes religiosos e a todas as filosofias positivas de vida.

Entre a alma, que conhece a Doutrina, mas não lhe vive a sua substancialidade no coração, e aquela que, desconhecendo-a, vive, porém, o Evangelho, espontaneamente, em sua vida de relação, é flagrante o contraste, transpostos os umbrais da eternidade. Enquanto esta desperta tranquila ao abrigo de paz indefectível, a primeira vê entorpecida, quando não frustrada a ascensão de quem “conhecendo a verdade, almejava a realização divina sem esforço humano, o trigo da verdade sem participar da semeadura, a tranquilidade sem dar-se ao trabalho das obras, a ciência sem a consciência, as facilidades sem as responsabilidades”, diremos inspirados na beleza estilística da linguagem luizínia.

Independentes dos fatores apontados, que dificultam o momento de regresso, e a vivência no plano espiritual, outros existem que o próprio homem cria, como duendes alucinados das confusões do seu mundo mental: são as inibições interiores, isto é, as vacilações, as deficiências de fé, o apego inútil e prejudicial às circunstâncias e aos circunstantes, o desespero sem razão e o pânico de quem, segundo dizem alhures, “faz da morte uma deusa sinistra, apresentando o fenômeno natural da renovação com as mais negras cores, e transformando a separação provisória numa terrível noite de amarguroso adeus”.

No século XX, às portas do Terceiro Milênio, é urgente que revisemos a nossa atitude mental diante da morte; que rejeitemos essa visão arcaica, paranoica até, de desespero em face do problema da morte, certo que morrer é tão importante quanto viver ou mais, pelas perspectivas que abre à nossa frente.

Aceitemos ou não aceitemos a lei das vidas sucessivas, todos nós já morremos e renascemos inúmeras vezes, na vivência desse projeto divino, impositivo cósmico da vida, no interesse de nossa ascensão espiritual, até que não precisemos mais envergar a libré da carne.

Há livros que ensinam como nascer ou como viver, poucos ensinam como morrer. A propósito escreve Emmanuel, ao prefaciar o livro “Obreiros da Vida Eterna”: “O homem moderno (...) esbarra, ante os pórticos do sepulcro, com a mesma aflição dos egípcios, dos gregos e dos romanos de épocas recuadas. Os séculos que varreram civilizações e refundiram povos, não transformaram a misteriosa fisionomia da sepultura. Milenário ponto de interrogação, a morte continua ferindo sentimentos e torturando inteligências.” Afirma, ainda, Emmanuel em outra oportunidade: “A morte já liberta de sua clássica significação macabra, é, precisamente, o ponto de partida do Espírito para a vida irradiante, infinita e luminosa, nos mundos ultraterrestres, vibrantes de Luz e Fraternidade, de Verdade e Amor.” Para quem fez por merecer, acrescentamos nós.

Quanto à duração de nossa vida na Terra, todos nós temos o nosso momento de regresso ao lar espiritual, marcado no relógio da eternidade, com certa flexibilidade; cada qual tem o seu relógio invisível, que toca no momento certo, convocando-o para a viagem de volta, assinalada por um Poder Maior, que supervisiona com sabedoria, justiça, misericórdia e amor os nossos destinos; evidente que não vivemos ao sabor do acaso. Todavia, existem aqueles que adulteram sua máquina física nos desatinos dos desregramentos de toda ordem, antecipando, irresponsavelmente, esse evento, com graves e dolorosas conseqüências.

Escrevendo sobre o problema da morte, no seu magnífico livro “Da Alma Humana”, o doutor Antônio Joaquim Freire, uma das culturas mais brilhantes do Espiritismo português, refere-se à morte como “a polarização máxima da ignorância da ciência contemporânea”. Entretanto, a Ciência caminha, ainda que com passos lentos e vacilantes para comprovar, definitivamente, a sobrevivência do ser.

Psiquiatras começam a fazer regressões às vidas passadas, para cura de certas moléstias com raízes nas vidas pretéritas, ainda que esse procedimento seja questionável para alguns profissionais da área, que se negam a examinar os fatos.

Essas conquistas liberam, para a parcela refratária da comunidade científica, uma nova e revolucionária visão da vida e da morte, queira ou não queira, comprovando, mais uma vez, a tese milenária da existência e sobrevivência do Espírito, após a morte do corpo somático.

Esses acontecimentos representam uma clarinada de alerta à ciência e às filosofias casuísticas e ortodoxas do nosso tempo, empedernidas na negação sistemática, pura e simples, quando não fogem pela evasiva estreita de não querer ver os fatos, temendo comprometer pseudoverdades, cristalizadas em velhos tabus. Ignoram que estamos sujeitos a uma lei de evolução, força cósmica, que se processa inquestionável e coercitiva, desde o microcosmo ao macrocosmo, na execução do pensamento Divino.

Diligenciamos por derrubar as bastilhas milenares dos preconceitos que envolvem o problema, oferecendo uma visão mais justa, mais consoladora, mais enobrecedora e mais racional do fenômeno da morte, quando o sabemos um determinismo irrevogável, sentença inapelável da sabedoria Divina; verdade incontestável, pela qual seguiremos “um a um no caminho de todos”, como disse Ruy Barbosa, sobre o túmulo, ainda aberto, de Joaquim Maria Machado de Assis.

Sócrates, uma das celebrações mais extraordinárias do pensamento filosófico da Humanidade, dizia aos seus amigos, que se entristeciam com os seus últimos momentos: “Mostrai-vos alegres, e dizei-vos que ides unicamente sepultar meu corpo.”

Goethe, uma das mais notáveis expressões da civilização ocidental, passeando com seu amigo Eckermann pelo bosque de Weimar, disse: “Quando se tem setenta e cinco anos, não há como fugir de pensar algumas vezes na morte. Esta idéia, porém, me deixa numa calma perfeita, porque nutro a firme convicção de que o nosso Espírito é uma essência de natureza absolutamente indestrutível, e continua ativo, de eternidade em eternidade.”

O eminente brasileiro José Bento Monteiro Lobato, em carta a Godofredo Rangel, afirma: “Eu não me desespero com mortes porque tenho a morte como um alvará de soltura.” (6)

Emmanuel, o eminente pensador do Cristianismo redivivo – o Espiritismo – advertia alhures: “Ao invés de temeres a morte, faze da existência a lavoura sublime de bondade e trabalho, auxílio e compreensão, em favor dos que te rodeiam; e para o homem que, a cada dia, transforma a solidariedade em fartura de bênçãos, o ocaso da vida chega sempre por sombra esmaltada de estrelas, acalentando-lhe o sono e garantindo-lhe o despertar, em novo e glorioso dia, dourado de sol.”

 

NEY DA SILVA PINHEIRO

REFORMADOR SET2000

 

Referências Bibliográficas:

1 KARDEC, Allan. Revista Espírita, 1869, março, p. 64., EDICEL, São Paulo-SP.

2 SIMONETTI, Richard. Quem tem medo da morte, p. 15 e 110. Editado por Gráfica São João Ltda., Bauru-SP, 1987.

3 Idem, ibidem.

4 KARDEC, Allan. O que é o Espiritismo. Ed. FEB.

5 Idem. O Livro dos Espíritos, questão 636, 80. ed. FEB.

6 GRANJA, Pedro de Carvalho. Os Simples e os Sábios, p. 166, Edição Calvário, São Paulo, 1971.

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PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 01:36

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O ESPIRITISMO PERANTE A RAZÃO


Para se acreditar na Doutrina Espírita poder-se-ia dispensar a série de manifestações, tais como mesas girantes e falantes, levitações, aparições de entes queridos ou amigos desencarnados, escrita psicografada e outros fenômenos, embora elas se tornem necessárias para desfazer as dúvidas de certas pessoas que, como São Tomé, precisam “ver para crer”.

A própria existência do ser humano, a maravilhosa estrutura do seu organismo, o poder ilimitado da sua mente e outros dons, bem compreendidos e analisados, bastariam, só por si, para induzir o homem a meditar sobre a continuidade da vida após a morte, baseado na certeza de que Deus nada fez de inútil e sem uma finalidade, e que a morte não é a destruição total do homem, mas, apenas, uma fase de transição na sua longa trajetória evolutiva.

Comecemos a pensar no nosso corpo físico, na maravilha que ele é, com os seus inúmeros órgãos, tecidos, músculos, nervos, glândulas, válvulas e outras partes, todas elas funcionando ritmicamente, em perfeita harmonia, cada uma delas exercendo a sua função e cumprindo a sua tarefa, algumas delas extremamente importantes e delicadas e, o mais estranho de tudo, sem ninguém as dirigindo, como se fossem uma grande orquestra que tocasse esplêndidas sinfonias durante décadas e décadas, sem intervalo e sem maestro.

Acrescente-se a tudo isso que todas essas partes do corpo são periodicamente substituídas, sem contudo perderem a harmonia e a unidade, e sem que a pessoa - o dono do corpo - tenha a mínima consciência dessa renovação orgânica, pois a sua individualidade mantém-se inalterável, do que se conclui que o ser real está na alma da pessoa e não no seu corpo material.

Além desse trabalho extraordinário e silencioso do nosso organismo, a que, geralmente, não prestamos a mínima atenção, temos várias outras faculdades que independem das funções físico-químicas do corpo, como o pensamento, o raciocínio, à vontade, a noção do bem e do mal, as emoções, o amor, o ódio e outros sentimentos que nenhum órgão físico tem a capacidade de produzir, mas que fazem parte do ser vivente. São características da natureza espiritual do homem.

Nota-se também que, não obstante todos os seres humanos apresentarem idêntica estrutura anatômica, não há dois deles com a mesma individualidade.

Essa diferença é marcada pela formação espiritual de cada um - formação essa que dá ao ser a noção da sua existência individual, a consciência do EU.

Conclui-se, portanto, que o homem é a fusão de duas naturezas: a material e a espiritual, o corpo e a alma. Quando chega a morte, o indivíduo deixa de viver neste mundo, podendo-se dizer que a morte é o limite da vida material após o que se reinicia a vida no mundo espiritual. O que se perde é o corpo carnal e não o espírito individual. Essa é uma dedução lógica e racional.

É do conhecimento geral, com exceção de alguns materialistas obstinados, que a alma sobrevive à morte física, crença essa que é não só universal, mas também tão antiga quanto o homem. O grande mistério, que a Ciência Espírita veio elucidar, estava em saber o que acontecia ao Espírito e qual o seu destino depois da desencarnação.

Uma vez admitida a sobrevivência da alma, embora em outra dimensão, em forma etérea, pergunta-se: pode ela entrar em contato com os seres vivos?

Reconhecerão ela as pessoas que lhe foram queridas durante a vida terrestre?

É natural que as perguntas continuem. O fato, porém, que não se deve esquecer e que a razão impõe, é que a individualidade da pessoa não morre com o corpo físico. É como uma fruta, uma manga, por exemplo, de que se remove a casca, mas, mesmo assim, continua sendo manga, sem perder o seu sabor. O nosso corpo que morre é apenas a casca que se inutiliza, perde-se o invólucro que reveste o ser real, mas este permanece intacto.

A verdade da nossa sobrevivência é que a vida continua com as suas características individuais, embora em forma etérea, invisível e intangível, podendo-se mesmo dizer que a alma de algum ente querido esteja, neste momento, ao nosso lado, ajudando-nos nas dificuldades, protegendo-nos contra os perigos, velando por nós.

De acordo com a lógica, se a morte fosse o fim de tudo, por que Deus, em sua suprema inteligência, teria permitido a existência do ser humano, com um organismo tão complexo e maravilhoso? Será para fazer dele um simples brinquedo que, depois de quebrado, se joga fora? Isto seria contrário à sabedoria divina. O Espiritismo esclarece esse mistério. Ele nos dá uma noção mais clara e ampla do ser humano, da sua existência aquém e além da morte corporal, do Espírito que o anima e do seu destino. Pode-se dizer que o Espiritismo desvendou o segredo da tumba: ele venceu o silêncio da morte.

A Doutrina Espírita trouxe até nós os Espíritos desencarnados, mostrou-nos a realidade do mundo invisível, estabeleceu contato entre o nosso mundo e o outro além da fronteira da morte, e confirmou, mediante provas visíveis e racionais, a imortalidade da alma.

Pelo Espiritismo conhecemos a causa de certos fenômenos, normalmente inexplicáveis, sem termos de recorrer ao “misterioso” e ao “sobrenatural”, porque no Universo não há mistério, tudo tem a sua causa, sendo que os mistérios são criados pela nossa deficiente e limitada capacidade perceptiva; quanto ao “sobrenatural”, temos que nos convencer de que nada existe fora das leis da Natureza, que Deus estabeleceu eternas e imutáveis.

Existem, de fato, certos casos que ultrapassam a nossa compreensão e que, portanto, consideramos “milagrosos” ou fraudulentos, mas que à luz do Espiritismo estão dentro das possibilidades espirituais.

Há no mundo invisível, Espíritos altamente evoluídos que, de quando em quando, são enviados a este mundo como líderes espirituais, homens que se distinguem pela sua santidade, para alertar a Humanidade e iluminar o caminho da redenção. Outras vezes, algum Espírito de grau elevado recebe uma missão divina e reencarna, a fim de espalhar o bem, o amor e a caridade, obrando maravilhas, ajudando os infelizes, curando os doentes.

Podemos, portanto, concluir que o que chamamos de morte é apenas um fato natural, mas que se torna inconsolável para os que não querem ver, mesmo à luz da razão, o que está além da matéria densa e grosseira que forma o nosso mundo visível. Para esses, é difícil compreender o mundo dos Espíritos, onde a vida individual continua. Sobre o assunto, Kardec explica: “Diz-se muitas vezes ao falar da vida futura que não se sabe o que nela acontece, pois ninguém de lá volta. É um erro. São precisamente aqueles que lá se encontram que vêm nos instruir, e Deus o permite hoje mais do que em nenhuma outra época, como última advertência à incredulidade e ao materialismo”.

O que o Espiritismo ensina não está baseado em superstições nem em probabilidade, mas, em comunicações autênticas e concretas dos que habitam o outro mundo, tão verídico como o nosso, embora em outra dimensão. Esta é a realidade que se nos impõe quando examinamos os fatos à luz reveladora da razão, de uma razão livre de dogmas e preconceitos. .

JOSÉ SOARES DE ALMEIDA
Reformador Set.1997
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 00:01

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Sexta-feira, 27 de Agosto de 2010

A BÍBLIA É UMA MERDA ( COMO UM GUIA PARA A SALVAÇÃO)

 

"Deus não é o autor de confusão". Coríntios 14:33 OK, então o que diabos é a Bíblia a respeito? Devemos matar? Êxodo 20:13 "Não matarás." Levítico 24:17 "E aquele que mata qualquer homem, certamente será morto. "

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Êxodo 32:27 "Assim diz o Senhor Deus de Israel: Cada um ponha a sua espada ao seu lado,... E matar cada um a seu irmão,... Companheiro... Vizinho." I Samuel 06:19 ". .. e as pessoas lamentaram, porque o Senhor havia ferido muitas pessoas com uma grande matança. "I Samuel 15:2,3,7,8" Assim diz o Senhor... Agora vá e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo que eles têm, e não lhe perdoes, mas mata o homem ea mulher, criança e de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos.... E Saul feriu os amalequitas... e destruíram todas as pessoas com a borda do espada. "Números 15:36" E toda a congregação o levou para fora do arraial, eo apedrejaram, e morreu, como o Senhor ordenara a Moisés. "Oséias 13:16" Cairá à espada, seus filhos devem ser despedaçado, e as mulheres com filhos devem ser rasgado. "

Para uma discussão sobre a defesa de que os mandamentos só proíbem o assassinato, consulte "Murder, ele escreveu", capítulo 27 (Losing Faith In Faith: From Preacher To Atheist).

Devemos dizer mentiras? Êxodo 20:16 "Não dirás falso testemunho. Provérbios 12:22" Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor ".

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I Reis 22:23 "O Senhor pôs um espírito de mentira na boca de todos estes teus profetas, eo Senhor te falado sobre o mal." II Tessalonicenses 2:11 "E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, que creiam a mentira. "

Além disso, compare com Josué 2:4-6 James 2:25.

Se nós roubamos? Êxodo 20:15 "Não furtarás." Levítico 19:13 "Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás".

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Êxodo 03:22 "E sereis despojos dos egípcios." Êxodo 12:35-36 "E despojaram [saqueadas, NRSV] os egípcios." Lucas 19:29-34 Mais "[Jesus] enviou dois de seus discípulos, dizendo: Ide à aldeia... achareis um jumentinho preso, mas nunca whereon homem sentou-se: solta-lo e trazê-lo aqui. E se alguém vos perguntar: Por que fazeis solta-lo? Assim direis a ele, porque o Senhor precisa dele.... E como eles estavam soltando o jumentinho, os seus donos lhes disse: Por que desprendeis o jumentinho? E eles disseram: O Senhor precisa dele ".

Ensinaram-me como uma criança que, quando você pegar algo sem pedir, isto é roubar.

Devemos guardar o sábado? Êxodo 20:8 "Lembra-te do dia de sábado para santificá-lo." Êxodo 31:15 "Quem fizer qualquer trabalho no dia de sábado, ele certamente será morto." Números 15:32,36 "E quando os filhos de Israel estavam no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado.... E toda a congregação o levou para fora do arraial, eo apedrejaram, e morreu, como o Senhor Moisés. "

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Isaías 01:13 "As luas novas e sábados, ea convocação de assembléias, não posso acabar com, é iniqüidade." João 5:16 "E por isso os judeus perseguiram Jesus e procuravam matá-lo, porque ele tinha feito essas coisas no dia de sábado. "Colossenses 2:16" Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou em relação a um dia de festa, ou da lua nova, ou dos sábados. "Vamos fazer escultura imagens? Êxodo 20:4 "Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que está nos céus... terra... água." Levítico 26:1 "Vós fazeis não ídolos, nem imagem de escultura , nem vos levantareis imagem de pé, nem poreis qualquer imagem de pedra. "Deuteronômio 27:15" Maldito o homem que fizer imagem esculpida, ou fundida ".

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Êxodo 25:18 "Farás dois querubins de ouro, os trabalhos de tu batido torná-los". I Reis 7:15,16,23,25 "Para ele [Salomão], as duas colunas de bronze... E dois capitéis de bronze fundido... E ele fez um mar de fundição... ele estava sobre doze bois... [e assim por diante] "Somos salvos por meio de obras? Efésios 2:8-9" Porque pela graça sois salvos, mediante a fé.. não. obras. "Romanos 3:20,28" Assim, por obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele. "Gálatas 2:16" Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da a lei, mas pela fé em Jesus Cristo. "

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Tiago 2:24 "Vedes então que é pelas obras que o homem é justificado, e não somente pela fé." Mateus 19:16-21 "E eis que veio um e disse-lhe: Bom Mestre, que coisa boa é que eu fazer, que eu possa ter a vida eterna? E ele [Jesus] disse-lhe... guarda os mandamentos.... O jovem disse-lhe: Tudo isto tenho observado desde a minha juventude: o que me falta ainda? Jesus disse-lhe: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. "

A defesa comum aqui é que "somos salvos pela fé e obras". Mas Paulo disse: "não de obras."

Deve ser visto boas obras? Mateus 5:16 "Que sua luz brilhe diante dos homens para que vejam as vossas boas obras." I Pedro 2:12 "Tendo o vosso viver honesto entre os gentios: que... Eles podem, por sua boa obras, que devem contemplar, glorifiquem a Deus no dia da visitação ".

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Mateus 6:1-4 "Guardai-vos não fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles... Que a tua esmola fique em segredo." Mateus 23:3,5 "Não vos após a sua fariseus [' obras].... todas as suas obras eles fazem para ser vistos pelos homens. "Se nós próprios escravos? Levítico 25:45-46" Além dos filhos dos forasteiros que peregrinam entre vós, deles sereis comprar, ... e eles serão o seu poder... eles mesmos serão os vossos servos para sempre. "Gênesis 9:25" E ele [Noé] disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos será de seus irmãos. "Êxodo 21 : 2,7 "Se tu comprares um escravo hebreu, seis anos servirá; e no sétimo sairá livre para nada.... E se algum vender sua filha para ser serva, ela não deve sair como os escravos. "Joel 3:08" E eu venderei vossos filhos e vossas filhas na mão dos filhos de Judá, e eles devem vendê-los aos sabeus, a um povo muito longe: para o Senhor o disse . "Lucas 12:47,48 [falando] Jesus" E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites. Mas ele não soube, e fez coisas dignas de açoites, será castigado com poucos açoites. "Colossenses 3:22" Servos, obedecei em tudo a vossos senhores ".

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Isaías 58:6 "Desfazer os pesados encargos... Deixar em liberdade os oprimidos,... Quebrar todo o jugo." Mateus 23:10 "Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, o Cristo."

versículos bíblicos escravidão Pro foram citados por muitas igrejas no Sul durante a Guerra Civil, e foram usados por alguns teólogos da Igreja Reformada Holandesa para justificar o apartheid na África do Sul. Há mais versos pró-escravidão que os citados aqui.

Será que Deus mudou de idéia? Malaquias 3:6 "Pois eu sou o Senhor, não mudo." Números 23:19 "Deus não é homem para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa". Ezequiel 24:14 "Eu, o Senhor falou: ela deve vir a passar, e vou fazê-lo, eu não vou voltar atrás, não pouparei, nem me arrepender." Tiago 1:17 "... o Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. "

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Êxodo 32:14 "E o Senhor se arrependeu do mal que pensava fazer ao seu povo." Gênesis 6:6,7 "E o Senhor arrependeu-se que he ter feito o homem sobre a terra. . . E o Senhor disse: "Vou destruir o homem que criei a partir da face da terra. . . por isso Arrependo-me de tê-lo feito. "Jonas 3:10". . . e Deus se arrependeu do mal, que ele tinha dito que lhes faria e não o fez. "

Veja também II Reis 20:1-7, Números 16:20-35, Números 16:44-50.

Veja Gênesis 18:23-33, onde Abraão recebe de Deus a mudar de idéia sobre o número mínimo de justos em Sodoma necessárias para evitar a destruição, a negociação para baixo 50-10. (Um Deus onisciente deve ter sabido que ele estava jogando com as esperanças de misericórdia de Abraão - que destruiu a cidade de qualquer maneira.)

Somos punidos pelos pais, os nossos pecados Êxodo 20:5? "Pois eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração." (Repetido em Deuteronômio 5:9) Êxodo 34,6-7 "... O Senhor Deus, misericordioso e clemente... Que por não inocenta o culpado; que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, e sobre o de filhos dos filhos até a terceira e quarta geração. "I Coríntios 15:22" Porque, assim como todos morrem em Adão,... "

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Ezequiel 18:20 "O filho não levará a iniqüidade do pai." Deuteronômio 24:16 "Os pais não devem ser condenados à morte para as crianças, nem os filhos serem mortos pelos pais: cada homem deve ser condenado à morte pelo seu próprio pecado. "Deus é bom ou mau? Salmo 145:9" O Senhor é bom para todos. "Deuteronômio 32:4" Deus é a verdade e sem iniqüidade, justo e reto é ele. "

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Isaías 45:7 "Eu faço a paz e crio o mal. Eu o Senhor, faço todas estas coisas." Consulte "fora do contexto" para saber mais sobre Isaías 45:7. Lamentações 3:38 "Fora da boca do Alto procede a maioria não o bem eo mal?" Jeremias 18:11 "Assim diz o Senhor: Eis que estou forjando mal contra você, e de um dispositivo contra você. "Ezequiel 20:25,26" Eu também lhes deu estatutos que não eram bons, e juízos pelos quais não deveriam viver. E os contaminei em seus próprios dons, nos quais faziam passar através do fogo Tudo o que abre o ventre, que eu poderia fazê-los desolada, a fim de que soubessem que eu sou o Senhor. "Deus seduzir as pessoas? Tiago 1:13" Ninguém, diz... Sinto-me tentado de Deus, porque Deus não pode ser tentado pelo mal, nem tempteth que qualquer homem. "

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Gênesis 22:01 "E aconteceu depois destas coisas, que Deus provou a Abraão." Deus é pacífico? Romanos 15:33 "O Deus da paz." Isaías 2:4 "... E eles devem vencer as suas espadas em arados e suas lanças em podadeiras: uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. "

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Êxodo 15:3 "O Senhor é homem de guerra." Joel 3:9-10 "Preparai a guerra, acordar os homens poderosos, que todos os homens de guerra se aproxima, deixe-os vir: Beat seu arados em espadas, e seu foices em lanças; diga o fraco: Eu sou forte. "Jesus foi pacífico? João 14:27 Paz" Deixo com vocês, a minha paz vos dou. "Atos 10:36" A palavra que Deus enviou ao os filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo. "Lucas 02:14"... paz na terra, boa vontade para com os homens. "

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Mateus 10:34 "Não penseis que vim trazer paz à terra: Eu não vim trazer paz, mas espada. Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, ea filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra. E os inimigos do homem serão os da sua própria casa. "Lucas 22:36" E disse-lhes:... ele que não tem espada, venda a sua capa e comprar um. "Was Jesus confiável João 8:14?" Ainda que eu testifico de mim mesmo, meu testemunho é verdadeiro. "

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João 05:31 "Se eu der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não é verdadeiro."

"Record" e "testemunha" nos versos acima são a mesma palavra grega (martyria).

Vamos chamar o povo de nomes de Mateus 5:22? "Quem disser: Tolo, será réu do fogo do inferno." [Jesus falando]

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Mateus 23:17 "Insensatos e cegos." [Jesus falando] Salmos 14:1 "Diz o insensato em seu coração, Deus não existe." Alguém viu Deus? João 1:18 "Ninguém jamais viu a Deus a qualquer momento." Êxodo 33:20 "Tu podes não veja a minha face, pois o homem não me ver, e viver. "John 6:46" Não que alguém visse ao Pai, senão aquele que é de Deus [Jesus] que ele tem visto o Pai ". I João 04:12 "Nenhum homem jamais viu a Deus a qualquer hora."

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Gênesis 32:30 "Porque eu tenho visto Deus face a face." Êxodo 33:11 "E o Senhor a Moisés face a face, como um homem fala ao seu amigo." Isaías 6:1 "No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor sentado sobre um trono alto e exaltado, e suas vestes enchiam o templo. "Jó 42:5" Eu tenho ouvido falar de ti pela audição do ouvido, mas agora meus olhos te vêem. "How Deuses existem? Deuteronômio 6:4 "O Senhor nosso Deus é o único Senhor."

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Gênesis 1:26 "E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem." Gênesis 3:22 "E o Senhor Deus disse: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem eo mal." I João 5 : 7 "E há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra eo Espírito Santo: e estes três são um."

Não adianta alegar que "Vamos" é o magistral "nós". Tal uso implica a inclusão de todas as autoridades, sob a liderança de um rei. Invocar a Trindade não resolve nada, pois tal idéia é mais contraditório que o problema que tenta resolver.

Será que somos todos pecadores? Romanos 3:23 "Porque todos pecaram e vem curto da glória de Deus." Romanos 3:10 "Como está escrito: Não há justo, nem sequer um." Salmos 14:3 "Não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer."

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Jó 1:1 "Havia um homem... Cujo nome era Jó, e que o homem era íntegro e reto." Gênesis 7:1 "E o Senhor disse a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, para ti hei visto justo diante de mim nesta geração. "Lucas 01:06" E eram ambos justos perante Deus, andando em todos os mandamentos e preceitos do Senhor inocente. "Quantos anos Acazias? II Reis 8:26" Two e vinte anos foi Acazias, quando começou a reinar. "

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II Crônicas 22:02 "Quarenta e dois anos foi Acazias, quando começou a reinar." Devemos fazer um juramento Números 30:2? "Se um homem um voto voto ao SENHOR, ou fazer um juramento... Ele deve fazer conforme tudo que sai da sua boca. "Gênesis 21:22-24,31"... jura-me aqui por Deus que não te haverás falsamente comigo... E disse Abraão: Eu jurarei.. .. Pelo que chamou aquele lugar Berseba "[além do juramento"], porque ali os dois juraram. "Hebreus 6:13-17" Pois quando Deus fez a promessa a Abraão, porque ele podia jurar por não maior, ele jurou por si mesmo... para os homens juram por quem é maior, eo juramento para confirmação é para eles um fim de toda contenda. que, querendo Deus mostrar mais abundantemente aos herdeiros até a da promessa a imutabilidade do seu conselho, confirmadas pelo um juramento. "

Veja também Gênesis 22:15-19, Gênesis 31:53, e os Juízes 11:30-39.

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Mateus 5:34-37 "Mas eu vos digo, juro que não em todos, nem pelo céu... Nem pela terra.... Nem jurarás pela tua cabeça.... Mas vamos a sua comunicação ser, sim , sim, Nay nay: por tudo o que é mais do que isso vem do maligno. "Tiago 5:12"... juro que não, nem pelo céu, nem pela terra, neither por qualquer outro juramento, mas deixe o seu sim seja sim e seu não, não, para que não caiais em condenação. "Quando Jesus foi crucificado? Marcos 15:25" E era a hora terceira quando o crucificaram. "

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João 19:14-15 "E sobre a hora sexta, e disse ao judeus: Eis o vosso rei! Mas eles gritaram... Crucificá-lo."

É uma defesa ad hoc para afirmar que existem dois métodos de contar o tempo. Isso nunca foi demonstrado que este é o caso.

Vamos obedecer a lei? I Pedro 2:13 "Sujeitai-vos a toda autoridade humana... Ao rei, como soberano, quer aos governadores." Mateus 22:21 "Dai pois a César o que é de César". Veja também Romanos 13:1,7 e Tito 3:1.

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Atos 5:29 "Devemos obedecer a Deus do que os homens." Quantos animais na arca? Gênesis 6:19 "E de todos os viventes de toda carne, dois de cada espécie tu deverás trazer para dentro da arca." Gênesis 7 :8-9 "Dos animais limpos e dos animais que não são limpos, e das aves, e de cada coisa que se arrasta sobre a terra, entraram de dois em dois para Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé.. "Gênesis 7:15" E eles entraram para Noé na arca, dois a dois de toda carne, onde está o sopro da vida. "

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Gênesis 7:02 "De todo animal limpo tu tomar para ti sete e sete, macho e sua fêmea, e dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea." Eram mulheres e homens criados iguais? Gênesis 1: 27 "Assim Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, macho e fêmea criou-os."

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Genesis 2:18,23 "E o Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só, vou fazer-lhe uma ajuda para ele cumprir.... E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne: ela será chamada mulher, porque ela foi tirada do Homem ". árvores foram criadas antes dos seres humanos? Gênesis 1:12-31" E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, ea árvore dar frutos, cuja semente está nela conforme a sua espécie:... E foi a tarde ea manhã foram o terceiro dia.... E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem... E foi a tarde ea manhã foram o sexto dia. "

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Gênesis 2:5-9 "E toda a planta do campo antes que fosse na terra, e toda a erva do campo antes que ele cresceu: porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não era um homem para lavrar a terra.. E. ÊAnd o Senhor Deus formou o homem do pó da terra... E o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, para o oriente, e pôs ali o homem que tinha formado. E fora da terra o Senhor Deus fez brotar toda árvore que é agradável à vista e boas para comida ". Michal quis ter filhos? II Samuel 6:23" E Mical, filha de Saul não teve filhos, até ao dia de sua morte. "

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II Samuel 21:08 "Mas o rei tomou os dois filhos de Rispa... E os cinco filhos de Mical, filha de Saul." Como muitas tendas fez Salomão? I Reis 4:26 "Tinha Salomão quarenta mil estrebarias de os cavalos de seus carros, e doze mil cavaleiros. "

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II Crônicas 9:25 "Tinha Salomão quatro mil manjedouras para os cavalos e carros, e doze mil cavaleiros." Será que os homens de Paul ouço uma voz? Atos 9:7 "E os homens que viajavam com ele quedaram-se emudecidos, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. "

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Atos 22:09 "E os que estavam comigo viram a luz, e ficaram com medo, mas eles não ouviram a voz daquele que falava comigo." Será que Deus é onipotente? Jeremias 32:27 "Eis que eu sou o Senhor, o Deus de toda a carne: há alguma coisa demasiado difícil para mim? Mateus 19:26" Mas Jesus, olhando para eles e disse-lhes: Aos homens é isso impossível , mas a Deus tudo é possível. "

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Juízes 01:19 "E o Senhor foicom Judá, e ele expulsou os habitantes da montanha, mas não pôde desapossar os habitantes do vale, porquanto tinham carros de ferro. "Deus vive na luz? I Timóteo 6:15-16". . . Rei dos reis e Senhor dos senhores; Quem apenas imortalidade habitação, tendo em conta que nenhum homem pode se aproximar. . . "Tiago 1:17". . . o Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. "João 12:35" Então Jesus disse-lhes. . . ele que na escuridão não sabe anda ele vai murchar. "Jó 18:18" Ele [o] ímpios serão expulsos de luz nas trevas, e expulsos do mundo. "Daniel 2:22" Ele [Deus sabe] que é na escuridão, e mora a luz com ele. "Veja também Salmos 143:3, II Corintios 6:14, e Hebreus 12:18-22.

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I Reis 8:12 "Então disse Salomão: O Senhor disse que habitaria na escuridão." (Repetido em II Crônicas 6:01) II Samuel 22:12 "E ele fez pavilhões ronda trevas sobre ele, águas escuras e espessas nuvens dos céus." Salmo 18:11 "Ele fez das trevas o seu lugar secreto; seu pavilhão sobre ele se tornasse em águas escuras e espessas nuvens dos céus. "Salmo 97:1-2" O Senhor reina, regozije-se a terra... nuvens e escuridão estão ao redor dele. "Será que Deus aceita o sacrifício humano? Deuteronômio 00:31 "Tu não fazê-lo ao Senhor teu Deus: para cada abominação ao Senhor, que ele odeia, fizeram eles a seus deuses, pois até mesmo seus filhos e suas filhas queimaram no fogo aos seus deuses."

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Gênesis 22:2 "E disse: Toma agora o teu filho, teu único filho Isaac, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que eu te direi dos. "Êxodo 22:29" Não farás para o atraso para oferecer o primeiro dos teus frutos maduros, e os teus licores, o primogênito de teus filhos tu dar-me. "Juízes 11:30-39" E Jefté fez um voto ao SENHOR, e disse: Se tu não sem entregar os filhos de Amom nas minhas mãos, então será que tudo o que sai da porta da minha casa para me encontrar, quando eu voltar em paz, os filhos de Ammon, certamente será do Senhor, e eu vou oferecê-lo para um holocausto. Assim Jefté passou aos filhos de Amom... eo Senhor os entregou em suas mãos.... E Jefté chegou a Mizpá, à sua casa, e eis que sua filha lhe saiu ao encontro com adufes e com danças... E aconteceu que, ao final de dois meses, que ela voltou para seu pai, que fez com ela de acordo com seu voto, que ele prometeu. "II Samuel 21:8-14" Mas o rei [Davi] tomou os dois filhos de Rispa... e os cinco filhos de Mical... e ele os entregou nas mãos dos gibeonitas, e os enforcaram no monte, perante o Senhor, e todos os sete caíram juntos, e foram condenados à morte no dia da colheita... E depois disto Deus se aplacou para com a terra. "Hebreus 10:10-12... nós somos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo... Mas este homem, após ele ter oferecido um sacrifício pelos pecados para sempre, sentou-se na mão direita de Deus ". I Coríntios 5:7"... Pelo mesmo Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. "Quem foi o pai de José? Mateus 1:16" E Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus ".

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Lucas 3:23 "E Jesus começou a ser cerca de trinta anos de idade, sendo (como se supunha) filho de José, que era filho de Heli".

 

Retirado de: http://www.experienceproject.com/l/pt/s/historias/A-B%C3%ADblia-%C3%89-Uma-Merda-%28Como-Um-Guia-Para-A-Salva%C3%A7%C3%A3o%29/66532

PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 00:01

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Segunda-feira, 23 de Agosto de 2010

LEI DE CAUSA E EFEITO

 

Já enunciava Galileu: “A toda ação corresponde uma reação igual e contrária”, principio este que foi incluído por Newton no seu Tratado de Mecânica Física como sendo a terceira lei.

Há ainda um axioma que nos diz: “Não há causa sem efeito, não há efeito sem causa” o que significa que nada existe em vão no Universo. Ora, posto isso, a causa é uma ação e o efeito a reação do ato.

Evidentemente, sendo uma lei universal, ela tem que abranger todos os fenômenos que aconteçam dentro do espaço cósmico que nos contém.

Desde 1088, a equipe de Palomar, instalada com o segundo observatório astronômico Keck II a 4150m de altitude, na cratera do extinto vulcão Mauna Kea, no Havaí, vinha observando a ação de forças estranhas que atuavam sobre a poeira cósmica em torno da estrela Alfa Centauro, forças essas que, sem dúvida, seriam as responsáveis pela formação planetária em si.

A partir desses estudos, Sten Odelwal comenta em sua obra “ A Teoria do Nada” que o Universo é constituído de 23% de energia cósmica – a mesma que Newton chamou de fluido cósmico universal (FCU) – e 73% de nada, comparando o espaço sideral a um tanque cheio de espuma, onde, na verdade, a massa que o enche é mínima; a maioria é de bolhas, dando ainda o conceito do “peso sem massa”, ou seja a força oriunda deste domínio e que seria responsável pela estruturação do Universo.

Amit Goswami, físico indiano da Escola de Bose, conclui que este domínio seria o correspondente à Espiritualidade e esta, portanto, passaria a ser a causa da existência do nosso Universo, pulsante e anisotrópico.

Seu estudo corrobora as pesquisas de Murray Gell Mann à frente do fermilab (acelerador de partículas) da “Stanford University” quando, fazendo um pósitron (anti-elétron) chocar-se com um elétron, concluiu que os mesmos teriam “vontade própria”, ou seja, que estas partículas só podiam ser comandadas por um agente estruturador (mais tarde conhecido como frameworker) estranho ao domínio energético. Isto pode justificar a formação das mesmas a partir da ação deste agente externo sobre a energia cósmica fundamental que, por si só, não pode se alterar.

Neste caso, os aludidos agentes seriam os respectivos princípios espirituais das aludidas partículas, evidentemente, com as características correspondentes às mesmas.

Desta forma, a causa da existência dos corpos siderais estaria explicada, faltando, apenas esclarecer qual seria a da existência do próprio Universo, incluindo os ditos agentes que, segundo as religiões, seu grande culpado seria Deus, sem maiores explicações, transformando tal assertiva em dogma, ou seja, algo que não se explica, mas se aceita como princípio, por pura crença.

Deus, como causa de tudo, seria o que a Ciência considera como sendo o “Agente Supremo” cujas características são ignoradas por falta total de informações a seu respeito. Assim, evidentemente, como não há efeito sem causa, tal “agente desconhecido ” é algo compatível com o Universo e jamais poderia ser representado pelos deuses religiosos, em si, antropomórficos e exclusivamente compatíveis com a formação humana.

Todavia, cabe lembrar que a figura de Deus foi idealizada pelos povos primitivos que tinham a Terra como centro de tudo e que os demais astros é que giravam em nosso entorno, motivo pelo qual até a

Bíblia comete o terrível erro de julgá-lo como sendo um Ser semelhante a nós, com sentimentos, erros e virtudes humanas.

Por esse motivo, a Ciência não aceita a tese religiosa embora admita a existência de algo que esteja acima de tudo e que tenha uma sabedoria cuja mente humana seja incapaz de imaginar.

Quando ao Deus religioso – cada Religião tem o seu individual –, ele é fruto, segundo a Psicologia, da necessidade que a criatura tem em se apoiar num Ente capaz de protegê-lo contra o desconhecido, que é a própria vida.

Kardec, em Gênese, nos diz que, quando apelamos para Deus é um Espírito amigo que vem em nosso socorro. Evidentemente, do mesmo mo do que um diretor geral de uma empresa envia um seu auxiliar para resolver os problemas de seus operários, também, a Causa Suprema da existência do Universo não teria condição de se restringir aos problemas humanos em seu grande atraso existencial.

Enfim, o Universo existe por algum motivo que a mentalidade humana não pode compreender e, para tal, existe um motivo para tal que também é inteiramente ignorado já que nem se sabe a extensão do Universo, quanto mais como e porque teria surgido.

Num estudo teonômico, portanto, o assunto não poderia ser ignorado, já que a idéia principal gira em torno do aspecto divino da criação que se opõe ao racionalismo ideológico da lógica para a qual é fundamental que toda causa seja compatível com seu efeito. E vice-versa.

O que se pode concluir, portanto que esta causa não corresponde aos deuses das respectivas religiões porque a verdade é única e cada crença tem seu Deus exclusivo que só protege os seguidores das mesmas.

E finalmente, a esperança de que, algum dia se possa entendê-Lo é tão remota quanto o conhecimento da origem e do começo de existência do nosso Universo, bem como o porquê dessa existência.

 

Livro: ...E Deus, Existe?

Carlos de Brito Imbassahy

PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 04:52

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VIOLÊNCIAS CONTRA MULHER


Mukhtar Mai percorre e sensibiliza o mundo divulgando sua história. Essa paquistanesa ousou denunciar as práticas cruéis perpetradas ainda hoje contra as mulheres em seu país e em vários outros daquela região, sendo ela própria uma dessas vítimas. Ela divulga seu caso visando chamar a atenção do mundo para as crueldades que os chefes das tribos impingem às mulheres, com o consentimento e o aval das famílias. Ela sofreu o estupro de seis homens, como castigo pelo erro cometido por seu irmão, tudo assistido pelos familiares.
É de todos os tempos a percepção da figura da mulher como ser inferior no seio de todos os povos. Exilada da participação como cidadã, junto com escravos e estrangeiros, na democracia grega clássica, considerada como não tendo alma, de cérebro menor que o do homem, e sem utilidade além da procriação, de um modo geral, a mulher tem sido, ao longo da história e em todas as latitudes, vítima do preconceito - que é postura mental, interna, e da discriminação-a face visível do preconceito.
Em muitos grupos ainda hoje vige a visão patrimonialista da mulher, sobre a qual o homem, como pai, marido ou irmão, tem exercido todos os direitos, inclusive o de vida e morte.
Tais posicionamentos afrontam a Lei de Deus, que prescreve a igualdade entre todos os seres. A Doutrina Espírita proclama esse dispositivo divino como Lei de Igualdade, nas respostas dadas a Kardec pelos Espíritos Orientadores da humanidade às perguntas 817 a 822 em O Livro dos Espíritos. Segundo esses ensinamentos, Deus outorgou tanto ao homem quanto à mulher os mesmos direitos, a inteligência e a faculdade de progredir. A inferioridade moral da mulher em certos países provém "do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. ...[refletindo] abuso da força sobre a fraqueza...[pois] entre homens pouco adiantados, a força faz o direito." Os Espíritos esclarecem ainda que "todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à justiça, [que] a emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização [pois] sua escravização marcha de par com a barbaria"; e não pode haver nenhuma diferença entre homem e mulher, "visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro sexo". A mulher, assim como o homem, é um ser espiritual-ou um Espírito encarnado femininamente, e como ser psicológico apresenta perfil condizente com as funções reservadas pela natureza a cada expressão de gênero no mundo. Assim também com o homem.
Desse ponto de vista, a chamada lei de ação e reação, através da reencarnação, como recurso didático-pedagógico divino, encarrega-se de promover o despertamento das consciências, ao fazer as criaturas encontrarem e viverem o estado de coisas que promoveram em encarnações anteriores. Este é o mecanismo básico dessa lei, cujo objetivo são a "expiação, [e o] melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?" (O Livro dos Espíritos, pergunta 167).
Quadros de preconceito, injustiça e crueldade têm sido patrocinados pelas instituições sociais humanas, que vão sendo substituídas à medida que as consciências passam a perceber que são seres iguais perante Deus, e portanto, devem sê-lo também perante os homens.
Verifica-se, no caso que espanta o mundo, que vige naquele e em outros grupos o princípio injusto da comunicabilidade da responsabilidade dos erros de uns a outros membros da família. Isto é contrário à lei de amor e de justiça que assevera, através de Jesus: "A cada um segundo as suas obras".
Mas qual a visão espírita, strictu sensu, sobre a situação vivida por essa corajosa mulher paquistanesa? Vejamos algumas possibilidades.
Em princípio, ela pode ter sido submetida ao mesmo tipo de experiência que eventualmente tenha imposto a outrem no passado, como expiação dessa falta perante a Lei de Deus, a Quem unicamente compete a aplicação da pena de talião (O Livro dos Espíritos, pergunta 764). Mas a expiação, que é imposta, irrecusável, rigorosa, só é aplicada quando a criatura é reincidente na falta, depois de beneficiar-se das provações, que são experiências requeridas pela criatura, ou propostas pelos guias espirituais antes da reencarnação. Portanto, pode ser também possível que um caso desses seja provacional, como escolha pessoal, situação que se caracteriza pela resignação e coragem demonstradas pela criatura, pela sua alegria perante ocorrências dolorosas, e pela forma construtiva como desdobra o mal sofrido em ações para o bem de outros. É o que vemos pelo semblante e pela luta que Mukhtar Mai vem empreendendo mundo afora.
Pode dar-se também o que o Espírito Joanna de Angelis conceitua como expiação aparente, em sua obra Plenitude. Em nome do amor, há seres que escolhem situações dolorosas para lecionarem coragem e conforto moral aos enfraquecidos na luta. Ninguém dispõe de elementos para avaliar quem quer que seja, mas é bom lembrar que a atuação de Mukhtar Mai já fez extinguir-se em sua aldeia o procedimento de que foi vítima, e os homens que o perpetraram estão presos. Qualquer que seja o seu quadro, é-de se louvar a coragem do esforço pacífico pela implantação da justiça na Terra.

Por Nadja do Couto Valle
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 00:01

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Sábado, 21 de Agosto de 2010

QUEM SE ELEVAR SERÁ REBAIXADO

Naquela hora, chegaram-se a Jesus os seus discípulos, dizendo: Quem é o maior no Reino dos Céus? E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles e disse: Na verdade vos digo que, se não fizerdes como meninos, não entrareis no Reino dos Céus. Todo aquele, pois,que se humilhar e se fizer pequeno como este menino, esse será o maior no Reino dos Céus. E o que receber em meu nome um menino como este, a mim é que recebe. (Mateus, XVIII: 1-5).

 

Então se chegou a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o e pedindo-lhe alguma coisa. Ele lhe disse: Que queres? Respondeu ela: Dize a estes meus dois filhos que se assentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda. E respondendo Jesus, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber? Disseram-lhe eles: Podemos. Ele lhes disse: É verdade que haveis de beber o meu cálice; mas, pelo que toca a terdes assento à minha direita ou à minha esquerda, não me pertence conceder-vos, mas isso é para aqueles a quem meu Pai o tem preparado. E quando os dez ouviram isto, indignaram-se contra os dois irmãos. Mas Jesus os chamou a si e lhes disse: Sabeis que os príncipes das nações dominam os seus vassalos, e que os maiores exercitam sobre eles o seu poder. Não será assim entre vós; mas aquele que quiser ser o maior, esse seja o vosso servidor, e o que entre vós quiser ser o primeiro, seja o vosso escravo; assim como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em redenção de muitos. (Mateus, XX: 20-28).

 

E aconteceu que, entrando Jesus num sábado em casa de um dos principais fariseus, a tomar a sua refeição, ainda eles o estavam observando. E notando como os convidados escolhiam os primeiros assentos à mesa, propôs-lhes esta parábola: Quando fores convidado a alguma boda, não te assentes no primeiro lugar, porque pode ser que esteja ali outra pessoa, mais autorizada que tu, convidada pelo dono da casa, e que, vindo este, que te convidou a ti e a ele, te diga: dá o teu lugar a este; e tu, envergonhado, irás buscar o último lugar. Mas quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: amigo, senta-te mais para cima, servir-te-á isto então de glória, na presença dos que estiverem juntamente sentados à mesa. Porque todo o que se exalta será humilhado; e todo o que se humilha será exaltado. (Lucas, XIV: 1, 7-11)

 

Estas máximas são conseqüências do princípio de humildade, que Jesus põe incessantemente como condição essencial da felicidade prometida aos eleitos do Senhor, nas seguintes palavras: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. Ele toma um menino como exemplo da simplicidade de coração, e diz: “Todo aquele, pois, que se fizer pequeno como este menino, será o maior no Reino dos Céus”;  ou seja, aquele que não tiver pretensões à superioridade ou à infalibilidade.

  

O mesmo pensamento fundamental se encontra nesta outra máxima: “Aquele que quiser ser o maior, seja o que vos sirva”, e ainda nesta: “Porque quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

 

O Espiritismo vem confirmar a teoria pelo exemplo, ao mostrar que os grandes no mundo dos Espíritos são os que foram pequenos na Terra, e que freqüentemente são bem pequenos os que foram grandes e poderosos. É que os primeiro levaram consigo, ao morrer, aquilo que unicamente constitui a verdadeira grandeza no céu, e que nunca se perde: as virtudes; enquanto os outros tiveram de deixar aquilo que os fazia grandes na Terra, e que não se pode levar: a fortuna, os títulos, a glória, a linhagem. Não tendo nada mais, chegam ao outro mundo desprovidos de tudo, como náufragos que tudo perderam, até as roupas. Conservam apenas o orgulho, que torna ainda mais humilhante a sua nova posição, porque vêem acima deles, e resplandecentes de glória, aqueles que espezinharam na Terra.

                O Espiritismo nos mostra outra aplicação desse princípio nas encarnações sucessivas, onde aqueles que mais se elevaram numa existência, são abaixados até o último lugar na existência seguinte,  se se deixaram dominar pelo orgulho e a ambição. Não procureis, pois, o primeiro lugar na Terra, nem queirais sobrepor-vos aos outros, se não quiserdes ser obrigado a descer. Procurai, pelo contrário, o mais humilde e o mais modesto, porque Deus saberá vos dar um mais elevado no céu, se o merecerdes.

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PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 04:43

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ILUMINEMOS O CORAÇÃO


Iluminemos o coração, com a lâmpada acesa do amor, cada vez que a nossa palavra se dirija aos irmãos desencarnados, ainda presos à turvação de consciência.
Lembremo-nos de que nos achamos, à frente de enfermos, requisitando-nos compreensão e carinho.
Quem se atreveria, em nome da bondade, a cercar um náufrago desditoso com o manto opressivo da curiosidade descaridosa, ao invés de oferecer-lhe pronto socorro? Não lhe bastaria o tormento da inquietação nas ondas escuras da morte?
Quem se dispõe ao amparo dos espíritos amargurados, em desânimo e desespero, precisará erguer a própria alma à sublimidade do amor mais puro, a fim de socorrer com proveito.
Muitas vezes, as objurgatórias e reprimendas dos grandes juízes não conseguem, junto dos irmãos transviados, um centímetro de renovação edificante, suscetível de ser alcançada pelo estímulo carinhoso de uma simples frase paternal.
Todos possuímos desafetos do passado.
A Terra ainda não é residência das almas quitadas com a Lei.
Todos somos devedores ou doentes em reajuste.
Por isso mesmo, em nos comunicando com os adversários ou companheiros do pretérito ou do presente, mergulhemos a alma na fonte cristalina da boa vontade com Jesus, para que as nossas palavras não soem debalde.
Só o amor atravessa as paredes compactas do cárcere em que a ignorância se aguilhoa à penúria de espírito, conduzindo aos antros sombrios de nossos débitos a santificante claridade da libertação.

Meimei
Livro: Sentinelas da Alma. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 00:01

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