Sábado, 18 de Fevereiro de 2012

NO CRISTIANISMO RENASCENTE

Meus amigos, muita paz.

Todos os comentários alusivos à evangelização constituem escasso material expositivo da verdade, à vista das angustiosas transições que o Planeta atravessa. Realmente, o progresso da inteligência atinge culminâncias.

Todavia, o sentimento do mundo permanece enregelado. Urge dilatarmos os setores do bem vivido e do amor aplicado com o Cristo, a fim de atendermos aos compromissos assumidas em época remota. O Espiritismo, pois, não consiste num sistema de pura indagação científica para que a filosofia se enriqueça de novos sofismas.

Necessário compreendermos em sua fonte não só o manancial de suprimento às convicções substanciais com relação à sobrevivência. Nosso intercâmbio pecaria na base se estivéssemos circunscritos ao campo de mera demonstração da realidade espiritual através dos jogos do raciocínio. Reduziríamos a doutrina que nos felicita a simples ministério de informações, sem programas redentores para a vida superior.

É por isto que jamais nos cansaremos no apelo ao nosso entendimento para que a Terceira Revelação represente para nós todos a gloriosa escola de reajustamento mundial no Cristianismo redivivo.

Somos nós mesmos os atares do milenário drama evolutivo. De século a século, revezamo-nos no trabalho retificador, intentando o empreendimento da salvação final. Inventamos mil sistemas científicos, filosóficos e religiosos para definir equações dos enigmas do destino e do ser; e, embora nossos conclaves políticos e acadêmicos a se repetirem anualmente através das eras rematamos sempre as iniciativas das dolorosas e sangrentas aventuras da guerra. Dominam-nos ainda, considerando coletivamente o problema, o ódio e o orgulho, a discórdia e a vaidade, com o seu velho cortejo de misérias, que permutam a máscara, de civilização em civilização.

Em verdade, porém, se temos sido tolerados pela Clemência l3ivina, no curso do tempo, é imperativo reconhecer que as leis universais não foram criadas inutilmente. Vivemos, em razão disso, torturante período de refazimento e restauração, dentro do qual nossos sentimentos são convocados automaticamente à percepção e aplicação do Cristianismo, nos mais comezinhos atas da experiência humana, obrigação essa que somos compelidos a cumprir, se não quisermos sossobrar nas tragédias coletivas de que o nosso século se represa. Em outras zonas da Terra, o Espiritismo ainda não conseguiu alcançar suas finalidades e objetivos. A curiosidade que é sempre benéfica quando se alia ao trabalho e ao respeito, mas que é sempre ociosa e perdulária quando não se submete aos impositivos do serviço nobre, converte-nos o movimento renovador em puro domínio de consulta indesejável a plano invisível, como se trouxéssemos a detestável tarefa de suprimir as experiências e lições aos aprendizes. A especulação é a única atividade que aí prevalece, eliminando-nos precioso ensejo de cooperação para o reajustamento que o Planeta reclama. Amargurosas surpresas, contudo, aguardam invariavelmente os companheiros que estimam a contemplação do fenômeno sem adesão ao esforço reconstrutivo. Nós, entretanto, tivemos a ventura de ambientar o Evangelho renascente, exumando-o das cinzas a que foi votado pelo sectarismo e fazendo reviver as manifestações abençoadas do Mestre Divino, quando a redenção vinha da humildade sofredora das catacumbas. Como outrora, o mundo se encontra num dos períodos mais críticos de sua evolução político-religiosa.

Antigamente, o patriciado romano se sentia suficientemente forte para afrontar a tormenta, mas, no fundo, não conseguiu forrar-se às conseqüências funestas do espírito odioso de dominação indébita. E hoje, enquanto poderosas nações da Terra presumem exercer funções de hegemonia, eis que a renovação compulsória do mundo exige o devotamento daqueles que se ligam a Deus através do caráter enobrecido pela fé e pela virtude. Com semelhante enunciação, não desejamos, de modo algum, invadir a seara de vossas ações, no campo evolutivo.

Não fomos, vós e nós outros, convocados à mordomia dos bens que se transferem de mão em mão, no tesouro perecível da Terra. Recebemos o ministério da luz espiritual e não podemos esquecer que, se milhões de irmãos nossos podem recorrer à palavra “direito” nos círculos do mundo, a nós todos cabe com Jesus o “dever”, simplesmente o dever, de servir em seu nome sem exigências. Estejamos, pois, atentos às obrigações que nos foram deferidas. Iniciemos, cada dia, novo trabalho de evangelização em nós mesmos, estendendo esta atividade aos que nos cercam.

A Doutrina abre-nos gloriosas portas de colaboração fraternal. Perdendo na esfera da posse transitória, ganharemos sempre nas possibilidades de conquistar a luz imperecível. Não duvideis. Movimentos enormes da discórdia humana se processam instante a instante, enquanto as armas descansam ensarilhadas. A guerra, com a sua corte de aflições e de angústias, não cedeu ainda um centímetro de terreno ao edifício da paz verdadeira, porquanto o ódio e a crueldade permanecem instalados no coração humano. Não esperemos o êxtase da Nova Aurora, mantendo-nos no círculo estreito da crença inoperante. Se o Senhor nos conferiu olhos para o deslumbramento e ouvidos para a harmonia, deu-nos igualmente coração para sentir, mãos para agir, mente para descortinar, obedecer e orientar. A obra da Criação Terrestre foi edificada, mas ainda não terminou.

Milhões de missionários do progresso humano em si laboram ativamente nos campos diversos em que se subdivide a prosperidade do conhecimento. Nós outros, contudo, fomos conduzidos ao santuário para a preservação da luz divina. Mantenhamos, pois, novas lâmpadas acesas e acima da perquirição coloquemos a consciência.

A hora é significativa e impõe tremenda luta. Só os filhos da renúncia poderão atender, tanto quanto é preciso, à expectativa da esfera superior.

Não convertamos nosso esforço, todavia, em coro de lágrimas. Entendamos a gravidade do minuto, entretanto, elevemos o coração ao sol da confiança em Cristo. Sejamos fiéis trabalhadores de sua causa na

Terra. Traços que saís de intercâmbio entre os dois planos, não vos prendais excessivamente ao vale escuro que nos prende os pés. Fixai a mente nos círculos sublimes onde se localizam as fontes que vos suprem de energia.

E, irmanados uns aos outros, no mesmo labor santificante, marcharemos para a frente, identificados n’Aquele que ainda e sempre repete para nossos ouvidos frágeis – “eu sou o caminho, a verdade e a vida.

Ninguém vai ao Pai senão por mim”.
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 19:07

LINK DO POST | COMENTAR | favorito

.MAIS SOBRE MIM

.PESQUISAR NESTE BLOG

 

.Abril 2012

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27

.POSTS RECENTES

. FÉ RACIOCINADA

. COISAS TERRÍVEIS E INGÊNU...

. CAIM FUNDOU UMA CIDADE SE...

. OS HERÓIS DA ERA NOVA

. CONFLITOS E PERFEIÇOAMENT...

. GRATIDÃO: UM NOVO OLHAR S...

. PERDÃO DE DEUS

. A FÉ: MÃE DA ESPERANÇA E ...

. NO CRISTIANISMO RENASCENT...

. EM PAUTA – A TRISTE FESTA

.arquivos

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Agosto 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Outubro 2008

. Outubro 2007

. Agosto 2007

. Julho 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

.tags

. todas as tags

blogs SAPO

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub