Quarta-feira, 14 de Dezembro de 2011

EM ORAÇÃO


Senhor: — Neste Natal, ensina-nos a respeitar a força do direito alheio na estrada do nosso dever.
Ante as vicissitudes do caminho, recorda-nos, neste momento natalino, de que no supremo sacrifício da Cruz, entre o escândalo da multidão e o desprezo da Lei, erigiste um monumento à justiça, na grandeza do amor.
Ajuda-nos, assim, a esquecer todo o mal, cultivando a árvore generosa do perdão.
Estimula-nos, Mestre, neste Natal, à claridade do bem sem limites, para que o nosso entusiasmo na fé não seja igual a ligeiro meteoro riscando o céu de nossas esperanças, para apagar-se depois...
Concede-nos a felicidade ímpar de caminhar na trilha do auxílio porque, só aí, através do socorro aos nossos irmãos, aprendemos a cultivar a própria felicidade.
Tu que nos ensinaste sem palavras no testemunho glorioso da crucificação, ajuda-nos a desculpar incessantemente, trabalhando dentro de nós mesmos pela transformação do nosso espírito, na sucessão do tempo, dia a dia, noite a noite, a fim de que, lapidado, possamos apresentá-lo a Ti no termo da nossa jornada.
É Natal, Divino Mestre, por isto Te suplicamos: ensina-nos a enxergar a Tua Ressurreição sublime, mas permite também que recordemos o suplício da Tua solidão, a coroa de espinhos, a cruz infamante e o silêncio tumular que a precederam, como lições incomparáveis para nós, na hora do sofrimento, quando nos chegue.
Favorece-nos com a segurança da ascensão aos Altos Cimos, porém não nos deixes olvidar que após a jornada silenciosa durante quarenta dias e quarenta noites, entre jejum e meditação, experimentaste a perturbação do mundo e dos homens, em tentações implacáveis que, naturalmente, atravessarão também nossos caminhos...
Neste Natal que se aproxima, Mestre, dá-nos a certeza do Reino dos Céus, todavia não nos deixes esquecer que na Terra, por enquanto, não há lugar para os que servem, tanto quanto não o houve para Ti mesmo, auxiliando-nos, entretanto, a viver no mundo, até a conclusão de nossa tarefa redentora.
Ajuda-nos, Divino Companheiro, a pisar os espinhos sem reclamação, vencendo as dificuldades sem queixas, porque é vivendo nobremente que fazemos jus a uma desencarnação honrada como pórtico de uma ressurreição gloriosa.
Senhor Jesus, ensina-nos a perdoar, ajudando-nos a esquecer todo o mal para sermos dignos de Ti!...

Manoel Philomeno de Miranda
Divaldo Franco
(Adaptação do texto à pág. 47 da 6ª Ed. (1992)  do livro ‘Nos Bastidores da Obsessão’ Fonte:  “A Prece Segundo os Espíritos” – Divaldo Pereira Franco / Diversos Espíritos
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 11:10

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Quarta-feira, 4 de Maio de 2011

MEDIUNIDADE

A mediunidade é faculdade inerente a todos os seres humanos, que um dia se apresentará ostensiva mais do que ocorre no presente momento histórico.
À medida que se aprimoram os sentidos sensoriais, favorecendo com mais amplo cabedal de apreensão do mundo objetivo, amplia-se a embrionária percepção extrafísica, ensejando o surgimento natural da mediunidade.
Não poucas vezes, é detectada por características especiais que podem ser confundidas com síndromes de algumas psicopatologias que, no passado, eram utilizadas para combater a sua existência.
Não obstante, graças aos notáveis esforços e estudos de Allan Kardec, bem como de uma plêiade de investigadores dos fenômenos paranormais, a mediunidade vem podendo ser observada e perfeitamente aceita com respeito, face aos abençoados contributos que faculta ao pensamento e ao comportamento moral, social e espiritual das criaturas.
Sutis ou vigorosos, alguns desses sintomas permanecem em determinadas ocasiões gerando mal-estar e dissabor, inquietação e transtorno depressivo, enquanto que, em outros momentos, surgem em forma de exaltação da personalidade, sensações desagradáveis no organismo, ou antipatias injustificáveis, animosidades mal disfarçadas, decorrência da assistência espiritual de que se é objeto.
Muitas enfermidades de diagnose difícil, pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da mediunidade de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de convidar o Espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou doentios mantidos em existências passadas. Por exemplo, na área física: dores no corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas do sono - insônia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese -; taquicardias, sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória, constituindo todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de mediunidade em surgimento e com sintonia desequilibrada. No comportamento psicológico, ainda apresentam-se: ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais, inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de presenças imateriais - sombras e vultos, vozes e toques - que surgem inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando distúrbios mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de ondas mentais e vibrações que sincronizam com o perispírito do enfermo, procedentes de Entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento dos conflitos em que ambos - encarnado e desencarnado - se viram envolvidos.
Esses sintomas, geralmente pertencentes ao capítulo das obsessões simples, revelam presença de faculdade mediúnica em desdobramento, requerendo os cuidados pertinentes à sua educação e prática.
Nem todos os indivíduos, no entanto, que se apresentam com sintomas de tal porte, necessitam de exercer a faculdade de que são portadores. Após a conveniente terapia que é ensejada pelo estudo do Espiritismo e pela transformação moral do paciente, que se fazem indispensáveis ao equilíbrio pessoal, recuperam a harmonia física, emocional e psíquica, prosseguindo, no entanto, com outra visão da vida e diferente comportamento, para que não lhe aconteça nada pior, conforme elucidava Jesus após o atendimento e a recuperação daqueles que O buscavam e tinham o quadro de sofrimentos revertido.
Grande número, porém, de portadores de mediunidade, tem compromisso com a tarefa específica, que lhe exige conhecimento, exercício, abnegação, sentimento de amor e caridade, a fim de atrair os Espíritos Nobres, que se encarregarão de auxiliar a cada um na desincumbência do mister iluminativo.
Trabalhadores da última hora, novos profetas, transformando-se nos modernos obreiros do Senhor, estão comprometidos com o programa espiritual da modificação pessoal, assim como da sociedade, com vistas à Era do Espírito imortal que já se encontra com os seus alicerces fincados na consciência terrestre.
Quando, porém, os distúrbios permanecerem durante o tratamento espiritual, convém que seja levada em conta a psicoterapia consciente, através de especialistas próprios, com o fim de auxiliar o paciente-médium a realizar o autodescobrimento, liberando-se de conflitos e complexos perturbadores, que são decorrentes das experiências infelizes de ontem como de hoje.
O esforço pelo aprimoramento interior aliado à prática do bem, abre os espaços mentais à renovação psíquica, que se enriquece de valores otimistas e positivos que se encontram no bojo do Espiritismo, favorecendo a criatura humana com alegria de viver e de servir, ao tempo que a mesma adquire segurança pessoal e confiança irrestrita em Deus, avançando sem qualquer impedimento no rumo da própria harmonia.
Naturalmente, enquanto se está encarnado, o processo de crescimento espiritual ocorre por meio dos fatores que constituem a argamassa celular, sempre passível de enfermidades, de desconsertos, de problemas que fazem parte da psicosfera terrestre, face à condição evolutiva de cada qual.
A mediunidade, porém, exercida nobremente se torna uma bandeira cristã e humanitária, conduzindo mentes e corações ao porto de segurança e de paz.
A mediunidade, portanto, não é um transtorno do organismo. O seu desconhecimento, a falta de atendimento aos seus impositivos, geram distúrbios que podem ser evitados ou, quando se apresentam, receberem a conveniente orientação para que sejam corrigidos.
Tratando-se de uma faculdade que permite o intercâmbio entre os dois mundos - o físico e o espiritual - proporciona a captação de energias cujo teor vibratório corresponde à qualidade moral daqueles que as emitem, assim como daqueloutros que as captam e as transformam em mensagens significativas.
Nesse capítulo, não poucas enfermidades se originam desse intercâmbio, quando procedem as vibrações de Entidades doentias ou perversas, que perturbam o sistema nervoso dos médiuns incipientes, produzindo distúrbios no sistema glandular e até mesmo afetando o imunológico, facultando campo para a instalação de bactérias e vírus destrutivos.
A correta educação das forças mediúnicas proporciona equilíbrio emocional e fisiológico, ensejando saúde integral ao seu portador.
É óbvio que não impedirá a manifestação dos fenômenos decorrentes da Lei de Causa e Efeito, de que necessita o Espírito no seu processo evolutivo, mas facultará a tranquila condução dos mesmos sem danos para a existência, que prosseguirá em clima de harmonia e saudável, embora os acontecimentos impostos pela necessidade da evolução pessoal.
Cuidadosamente atendida, a mediunidade proporciona bem-estar físico e emocional, contribuindo para maior captação de energias revigorantes, que alçam a mente a regiões felizes e nobres, de onde se podem haurir conhecimentos e sentimentos inabituais, que aformoseiam o Espírito e o enriquecem de beleza e de paz.
Superados, portanto, os sintomas de apresentação da mediunidade, surgem as responsabilidades diante dos novos deveres que irão constituir o clima psíquico ditoso do indivíduo que, compreendendo a magnitude da ocorrência, crescerá interiormente no rumo do Bem e de Deus.

Autor: Manoel Philomeno de Miranda (espírito)
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: temas da Vida e da Morte.
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 00:01

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Segunda-feira, 29 de Novembro de 2010

FASCINAÇÃO OBSESSIVA

O narcisismo é desvio de comportamento que perturba o ser humano colhido pelos conflitos que não consegue diluir. Também pode ser resultado de alguma frustração que leva o paciente ao retorno ao período infantil.
Auto-apaixonando-se, o narcisista se atribui valores e direitos que a outrem não concede, tornando-se o epicentro dos próprios e dos interesses gerais.
À medida que se lhe agrava o distúrbio, aliena-se do convívio social saudável, acreditando que não tem muito a lucrar com a atenção e os cuidados que poderia direcionar às outras pessoas.
Esse comportamento, às vezes, é sutil, agravando-se na razão que se lhe fixam no imo a presunção, a ausência de autocrítica, embora a severidade com que analisa a conduta alheia, utilizando-se de palavras ásperas e julgamento severo como transferência daquilo de que inconscientemente se faz merecedor.
Ao tomar essa atitude, libera a consciência de culpa e mais se enclausura na torre de marfim da prosápia em que se movimenta.
Essa insegurança psicológica, que se converte em auto-afirmação exibicionista, conspira contra a saúde mental do ser.
Em razão dessa deficiência emocional, quando portador de mediunidade atrai Espíritos zombeteiros que o inspiram, comprazendo-se os mesmos em levar ao ridículo aquele com quem sintonizam, sem que a vítima se dê conta da gravidade da patologia obsessiva em que tomba.
Não se apercebendo da parasitose que se lhe instala, passa a acreditar quase que exclusivamente nas comunicações de que se faz instrumento, competindo com qualquer outro que, aparentemente, lhe ameace a projeção.
Mantém boa moral, é conservador e exigente na conduta, porém a tomada na qual se encaixa o plugue obsessivo encontra-se no egoísmo e no temperamento especial, que lhe constituem os grandes desafios a vencer durante a conjuntura reencarnacionista.
Na ordem direta que se destaca, ensoberbece-se mais, deixando de considerar as advertências que lhe chegam, por supor-se inatacável, distanciado da humildade que impõe a auto-reflexão, responsável doutrinariamente pela proposta de tomar para si as comunicações dos Espíritos antes que para os outros.
Imbuído da idéia de que é irreprochável o seu comportamento, passa a supor-se merecedor do contato com os Espíritos nobres e não analisa as comunicações que lhes são atribuídas, cujo conteúdo não vai além do trivial, do destituído de profundidade. São, invariavelmente, repetitivas, exaradas em chavões convencionais, às vezes pomposos, mas irrelevantes.
A obsessão por fascinação é um capítulo muito perturbador do exercício mediúnico.
Toda a trilha da vivência mediúnica é inçada de cardos e de perigos, impondo um trânsito cuidadoso, porque se trata de intercâmbio constante com seres inteligentes, que também se domiciliaram na Terra, continuando a manter as virtudes e os vícios que lhes eram freqüentes.
Vigilantes e contumazes, os ociosos e perversos rondam os médiuns com implacável insistência, aguardando oportunidade para os afligir, para interditar-lhes as mensagens, para entorpecer-lhes a faculdade...
A obsessão, em si mesma, é terrível flagelo que se manifesta epidêmico com periodicidade, mas que nunca esteve fora da convivência humana.
Em torno da mediunidade, particularmente, se movimentam os Espíritos infelizes, quais mariposas em volta da chama...
Aqueles que são elevados, sintonizam a distância, quando as circunstâncias o propiciam, enquanto que os desocupados permanecem com afã esperando fruir benefícios mórbidos como a absorção de energias do médium, a intromissão nas atividades humanas, gerando a perturbação em que se comprazem.
A terapia para a recuperação desse tormento se inicia na vigilância do médium, vivenciando a humildade real e tendo a coragem de bloquear e interromper a interferência nefasta, cuidando de livrar-se do seu maneirismo, descendo do pódio da superioridade que se credita para a planície das criaturas comuns e frágeis onde se deve situar.
Nenhum médium se encontra indene a esse transtorno obsessivo, e ele é muito mais habitual e constante do que se pode imaginar.
Multiplicam-se na sociedade humana as pessoas autofascinadas, e entre os
médiuns, muitos são aqueles que se apresentam com a ultrajante síndrome da obsessão por fascinação.
O Senhor dos Espíritos, sempre que libertava os obsessos, repreendia os seus algozes, admoestando-os e, ao mesmo tempo, lecionando às suas vítimas que Lhe seguissem as diretrizes, amando e servindo.
Ante obsessos de qualquer matiz, são necessários a paciência e a misericórdia, o esclarecimento e a perseverança, a fim de que tenham tempo para desapertar e romper os elos que os aprisionam aos seres perturbadores.

MANOEL P. DE MIRANDA
(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 19-7-1999, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)
PUBLICADO POR SÉRGIO RIBEIRO às 17:33

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